Citröen Citroën GS Club 1974

Depois de 6 meses de busca e de 2 anos a aprender mecânica básica com o meu Fiat Uno, cá fiz a loucura: comprei o meu primeiro clássico.
Diários de Bordo

Citröen Citroën GS Club 1974

João Pereira Bento

128coupe
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João: sabes que me tiraste o sono? Não só não adormeci a pensar nisto como às 5:30 já estava de olho aberto. A pensar nisto. ;)
Estou muito dividido, porque sou um leigo ignorante neste mundo e porque, infelizmente, tenho uma personalidade muito pouco problemática, estando sempre a pôr em causa as minhas próprias decisões.

Por um lado,
tenho a certeza absoluta que tens toda a razão do teu lado: recuperar este carro é fazível, mas muito mais caro que comprar o castanho e converter este em banco de peças (ou até vendê-lo, pois tem seguro, inspecção em dia, e está mecanicamente num brinco). A isto acresce que estou mergulhado num mundo que não conheço, com problemas que não domino e com consertos que não sei fazer nem como se fazem. Isto faz-me querer confiar em quem, altruisticamente, me dá a sua opinião (mesmo quando é difícil de ouvir ou ler). E, João, não tenho a mínima dúvida nem quanto aos teus conhecimentos, nem quanto às tuas (boas) intenções. E, no fundo, a tua opinião foi a única que apareceu em face daqueles fundos... Não sei se não há mais por concordarem todos contigo ou porque não têm nada a ver com isso.

Por outro lado, tenho vontade de seguir os trabalhos no vermelho. Não propriamente por ter esperança que estejas enganado (não tenho, nenhuma!). Mas porque a minha ligação ao GS não tem muito de racional... é algo que me dá prazer. E está a dar-me prazer (ainda que um gozo financeiramente desastroso) colocar o GS de novo na estrada. E depois começo a afeiçoar-me a ele... até à cor, que eu tanto detestava. Claro, também podia apaixonar-me pelo castanho (até porque era a cor da GS Pallas Break que os meus pais tinham quando eu nasci)...
Depois, porque este já tem muito de meu. Já tem trabalho, horas de companhia, peças que eu lhe pus, mimos que lhe dei. Até o sorriso das minhas miúdas a vê-lo subir quando o ligo de manhã.
A isto acresce que não tenho comprador para o vermelho nem dinheiro de parte para comprar o castanho; e o vermelho está na estrada, compensando todo o desastre financeiro com umas voltas que me deixam o sorriso nos lábios.

Bom, parece que converti este diário de bordo num divã de psiquiatria... ;)

Sei o que isso é dai alertar para não cometerem os mesmos erros sempre que possível. Em nada estou ligado aos carros e sou 100% amador, dei a cabeçada no primeiro 128, voltei a repetir e só agora começo a descobrir o prazer de mexer em bases mais sólidas e originais. Eu com 500€ meti o último 128 que tenho a andar, não vai ficar imaculado mas tem uma patine única e quando ando nele quero lá saber se os parafusos deviam estar todos zincados. Eu pessoalmente adoro o desafio de restaurar tudo, é cansativo e oneroso mas dá um certo prazer. :)

Se fosse um Fulvia Zagato não se podia colocar de lado e escolher outro melhor. Agora GS ou Fiat 128 coupé há muitos e há sempre um melhor para aparecer.

Agora penso assim, antes achava que todos se restauravam e trouxe algum lixo para casa. Esse branco que mostrei e está em restauro custou-me 200€ e por gostar tanto dele é que entrou em restauro. Só nos guarda-lamas novos foram quase 400€. Nos últimos anos apareceram carros muito mais interessantes, mais caros inicialmente, mais baratos a longo prazo. E por muito bom que seja o restauro de chapa, não restaurado é sempre outra coisa.

De todo não sou um exemplo, comprei um Rally por 2500€ 1000 vezes mais podre que esse GS. E só se morrer ou com muito azar não o arranjo. :) Isto afinal não é para se ser racional. E queria trocar o meu vermelho por outro em estado (Lili Caneças), o que realmente foi do meu Pai, ele é que me proibiu. ´Nunca andei nele, nunca o conheci mas porra é o carro que foi mesmo do meu Pai. Ele por exemplo não liga patavina e dá muito mais valor ao que temos, vê o nosso como sendo o dele, eu vejo-o como o 128 que é igual ao dele.

Se eu não soubesse do castanho não teria comentado. :) Também tenho a certeza que pretende ficar com o Gs mais uns 40 anos. :)


O último comentário é de alguém que uma vez colocou (e bem) em causa o processo de tratamento dos parafusos e eventualmente a possibilidade de cederem. Achei até alguma piada ao comentário, respeito e de certo modo compreendo. Só que eu já arranquei a roda a um 128, numa travagem para entrar na garagem, o apoio na carroçaria de um tirante da roda cedeu. Tinha sido arranjado e remendado, só que naquele local o cancro está mesmo no interior. É apenas uma curiosidade. Quem me vendeu queria que eu viesse a andar nele (150km) pois conseguia uma IPO sem o carro ir ao centro. :)
 
João: sabes que me tiraste o sono? Não só não adormeci a pensar nisto como às 5:30 já estava de olho aberto. A pensar nisto. ;)
Estou muito dividido, porque sou um leigo ignorante neste mundo e porque, infelizmente, tenho uma personalidade muito pouco problemática, estando sempre a pôr em causa as minhas próprias decisões.

Por um lado,
tenho a certeza absoluta que tens toda a razão do teu lado: recuperar este carro é fazível, mas muito mais caro que comprar o castanho e converter este em banco de peças (ou até vendê-lo, pois tem seguro, inspecção em dia, e está mecanicamente num brinco). A isto acresce que estou mergulhado num mundo que não conheço, com problemas que não domino e com consertos que não sei fazer nem como se fazem. Isto faz-me querer confiar em quem, altruisticamente, me dá a sua opinião (mesmo quando é difícil de ouvir ou ler). E, João, não tenho a mínima dúvida nem quanto aos teus conhecimentos, nem quanto às tuas (boas) intenções. E, no fundo, a tua opinião foi a única que apareceu em face daqueles fundos... Não sei se não há mais por concordarem todos contigo ou porque não têm nada a ver com isso.

Por outro lado, tenho vontade de seguir os trabalhos no vermelho. Não propriamente por ter esperança que estejas enganado (não tenho, nenhuma!). Mas porque a minha ligação ao GS não tem muito de racional... é algo que me dá prazer. E está a dar-me prazer (ainda que um gozo financeiramente desastroso) colocar o GS de novo na estrada. E depois começo a afeiçoar-me a ele... até à cor, que eu tanto detestava. Claro, também podia apaixonar-me pelo castanho (até porque era a cor da GS Pallas Break que os meus pais tinham quando eu nasci)...
Depois, porque este já tem muito de meu. Já tem trabalho, horas de companhia, peças que eu lhe pus, mimos que lhe dei. Até o sorriso das minhas miúdas a vê-lo subir quando o ligo de manhã.
A isto acresce que não tenho comprador para o vermelho nem dinheiro de parte para comprar o castanho; e o vermelho está na estrada, compensando todo o desastre financeiro com umas voltas que me deixam o sorriso nos lábios.

Bom, parece que converti este diário de bordo num divã de psiquiatria... ;)

Boas Afonso,

vou ajudar-te ou não no teu dilema :huh:, mas aqui vai a opinião de um burro que trabalhou na industria automóvel.
Quando compras-te o GS, de certeza que não se encontrava no nível que está agora. Foi o carro que deu para aprenderes mecânica, gastar € e acabamos por nos afeiçoar, o amor não é racional bem sei, mas no fim do dia é apenas um carro. Eu já comprei, reparei e vendi alguns carros. Tenho amigos pintores e bate-chapas, sei muito bem o funcionamento da coisa Na minha ideia, e pelo que vejo do estado do carro (apenas em foto), das duas uma:
  • Ou o carro é um must keep e gastas o que for preciso para estar no seu melhor por muitos anos com intenção de coleccionismo.
  • Ou então foi o primeiro nível e/ou introdução na experiência de automóveis clássicos.
O GS é um carro raro devido às fragilidade que todos conhecemos. Eu vi-me à rasca para encontrar a minha Break em bom estado e mesmo GS podres também há poucos. Para estares a gastar mundos e fundos no carro à toa, mais vale comprar outro.
Portanto se achas que encontras-te um melhor força ;), eu também trocava, vais ver que mais tarde não te arr€p€nd€s.
 

AndreGaspar

Andre 21
Ali os remendos estão muito feios, mas só posso opinar com fotos do interior naquela zona. Se o carro foi reparado, é porque alguém achou que merecia um tratamento. De qualquer das formas, o Afonso só tem é que aproveitar bem o carro. Anda e está legal e era um sonho dele usá-lo, visto que o podes fazer, Aproveita!
 
O carro é teu, está legal, funciona, oferece segurança, todos nós gostamos dele e acima de tudo o Amigo Afonso ainda mais.
Agora minha humilde opinião, o Colega Afonso porque não "repara" o carro por partes / secções ???? Vê qual a zona que precisa de mais cuidado e intervêm nessa zona e vai reparando o carro dessa maneira!
No final fica mais caro ??? sim fica, mas a carteira não leva a golpada de uma só vez, e gostando do carro como tu gostas fica na tua garagem e com o tempo (€€€) e paciência tens o carro que gostas.
PS: Compro um carro semi-novo e gasto +/- 15 milh€nas, 5 anos depois vale metade desse valor e o carro já não me agrada. Compro um carro velho por 500€ gasto 5 milh€nas nele, cinco anos depois tem o mesmo valor monetário e dobra o valor sentimental.
Qual carro devo adquirir ????
 
OP
OP
afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
Portalista
O carro é teu, está legal, funciona, oferece segurança, todos nós gostamos dele e acima de tudo o Amigo Afonso ainda mais.
Agora minha humilde opinião, o Colega Afonso porque não "repara" o carro por partes / secções ???? Vê qual a zona que precisa de mais cuidado e intervêm nessa zona e vai reparando o carro dessa maneira!
No final fica mais caro ??? sim fica, mas a carteira não leva a golpada de uma só vez, e gostando do carro como tu gostas fica na tua garagem e com o tempo (€€€) e paciência tens o carro que gostas.
Sempre foi esse o meu plano! Por isso é que ia agora reparar os fundos. Mas o @João Pereira Bento deixou-me a pensar.
Como a razão não é propriamente o critério principal neste domínio, julgo que esta ideia continua a ganhar... Mas não vou tomar decisões precipitadas; tenho todas as opções em aberto.

Vou começar a consultar chapeiros sobre os fundos e embaladeiras, pedindo opiniões sobre o eventual "pior cenário" que aí se possa encontrar. Também já percebi que ainda há painéis novos à venda.
Já tenho uma sessão marcada com um chapeiro para Março (aquele que costumo utilizar, mas de cujas capacidades não estou muito certo...) e estou em busca de referências para mais. Se alguém as tiver, fico agradecido (sobretudo se for a pouca distância de Coimbra, para lá conseguir chegar de GS!).
Já tentei falar com o contacto de Leiria que o @Manuel Pimentel me deu, mas não atende o telefone e os e-mails vêm devolvidos. Tenho adorado seguir os trabalhos de Vila Verde que o @nuno granja vai publicando (pois parece-me ser muito sério); mas será que é indispensável fazer tantos quilómetros para encontrar alguém sério? Se calhar é assim...
 
Eu sou desta opinião. Gosto dos restauros de a a z, mas não em todos os casos. Um clássico tem de ter personalidade e histórias e um restauro total destrói isso. E claro há a componente financeira...

Eu estou a recuperar o meu Fiat 127 por fazes, conforme vou descobrindo os problemas. Se fica mais caro e dá mais trabalho?? Sem dúvida. Mas como já disseram isto não tem que ser propriamente racional.

Afonso já passei exatamente pelos mesmos problemas e dúvidas e como o orçamento é baixo e não entendo nada disto decidi avançar por fases. A grande vantagem é que mantenho o carro a circular, em vez de estar parado dois anos na oficina a restaurar, e vou aprendendo muito, procurando peças, aprendendo a fazer alguns trabalhos.

Força nesse restauro,que cada remendo e amolgadela conta uma história. Esse GS lembra o do meu tio e das idas ao circuito de Vila do Conde.

Já agora dou a minha opinião. Eu gosto de ver remendos em carros. Significa que alguém tentou honestamente reparar uma secção. Como não pretendo um carro em estado de concurso, fico contente se tiver um carro sólido, mesmo que seja visível onde este foi reparado.
E para terminar partilho esta "pérola", para que não surjam histórias do "antigamente é que era...":
Ver anexo 1067141
 

nuno granja

petrolhead
Portalista
Autor
Sempre foi esse o meu plano! Por isso é que ia agora reparar os fundos. Mas o @João Pereira Bento deixou-me a pensar.
Como a razão não é propriamente o critério principal neste domínio, julgo que esta ideia continua a ganhar... Mas não vou tomar decisões precipitadas; tenho todas as opções em aberto.

Vou começar a consultar chapeiros sobre os fundos e embaladeiras, pedindo opiniões sobre o eventual "pior cenário" que aí se possa encontrar. Também já percebi que ainda há painéis novos à venda.
Já tenho uma sessão marcada com um chapeiro para Março (aquele que costumo utilizar, mas de cujas capacidades não estou muito certo...) e estou em busca de referências para mais. Se alguém as tiver, fico agradecido (sobretudo se for a pouca distância de Coimbra, para lá conseguir chegar de GS!).
Já tentei falar com o contacto de Leiria que o @Manuel Pimentel me deu, mas não atende o telefone e os e-mails vêm devolvidos. Tenho adorado seguir os trabalhos de Vila Verde que o @nuno granja vai publicando (pois parece-me ser muito sério); mas será que é indispensável fazer tantos quilómetros para encontrar alguém sério? Se calhar é assim...


Decisions decisions ;)


nuno granja
 
OP
OP
afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
Portalista
O GS já não saía da garagem há uns tempos. Estava coladinho ao chão, todo despressurizado. Mas agarrei nas chaves e hoje à hora de almoço vim a casa trocar o Uno pelo GS. IMG_6715.JPG

Primeira paragem: pedir veredicto quanto às ópticas, que precisam de ser cromadas/espelhadas.
IMG_6708.JPG

Bom, fazem a cromagem das ópticas desde que eu as entregue totalmente desmontadas (sem o vidro); e fica a 75€ cada uma.
Bom, isto levantou-me duas dúvidas. Por um lado, não sei se por este preço não é preferível comprar umas novas, pois mesmo as bi-iodo rondam este valor, guardando estas para o futuro. Por outro lado, não sei até que ponto é que sou capaz de abrir as ópticas e, pior, depois voltar a colocar o vidro...
Fiquei de pensar.

Próxima paragem: electricista auto. Lá deixei o alternador original do GS a ver o que se passa com ele.

Terceira paragem: fui à oficina. Arranjaram-me um portão da mala novo a estrear. Ainda com a etiqueta com o número de peça. IMG_6710.JPG IMG_6709.JPG
Eu preciso de um portão (o meu tem podres em barda e sinais de uma má reparação). Mas não sei até que ponto é que a exorbitância que me estão a pedir por ele se justifica... fiquei de reflectir e de procurar alternativas.

Quarta paragem: uma casa de alcatifas e tecidos, que abastece estofadores. IMG_6711.JPG

O que me levou foi querer resolver o mau aspecto com que está a alcatifa da chapeleira, completamente destruída pelo sol. IMG_6712.JPG

Ora, arranjaram-me uma alcatifa exactamente igual à que lá está e cola para a colocar. Com o meu jeitinho de elefante, vai ser uma aventura... ;) Mas pronto, se ficar mal, vai ao estofador quando forem os bancos também.
IMG_6713.JPG
Outra coisa: aconselharam-me a colocar um platex entre o metal e a alcatifa. Não sei que faça.
Para quem não conhece, a chapeleira do GS é uma estrutura de chapa ou metal. Dá para pessoas se sentarem em cima dela; há muitos vídeos dos anos 70 com crianças a dormirem aí nas viagens.
Percebe-se bem quando a partir do interior da mala; mas não tirei foto.
@Pedro Teixeira4 : o teu tem alguma coisa entre a alcatifa e o metal da chapeleira? Ou está directamente assente no metal?

Ainda fui ao Lidl em busca de ferramentas... IMG_6714.JPG

Ao fim da tarde fui buscar uma das garotas de GS. Não tem explicação o sorriso dela quando o viu à sua espera. IMG_6716.JPG

Agora vou estudar como se aplicam alcatifas. Procurar algum livro de "alcatifas para totós".
 

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Manuel Pimentel

Clássico
Viva Afonso
Eu não mandava cromar as opticas, não fica bem. Acho que é preferível tentar arranjar umas novas.
Também a minha opinião em relação à chaparia é que deves arranjar.
Só os doidos restauram carros antigos. E nós somos doidos :). Ninguém está à espera de vir um dia a recuperar o investimento feito, pelo menos a curto/medio prazo.
O prazer de ver as máquinas a ficarem bonitas, não tem preço.
Um abraço
 

Pedro Teixeira

Portalista
Portalista
O GS já não saía da garagem há uns tempos. Estava coladinho ao chão, todo despressurizado. Mas agarrei nas chaves e hoje à hora de almoço vim a casa trocar o Uno pelo GS. Ver anexo 1067435

Primeira paragem: pedir veredicto quanto às ópticas, que precisam de ser cromadas/espelhadas.
Ver anexo 1067436

Bom, fazem a cromagem das ópticas desde que eu as entregue totalmente desmontadas (sem o vidro); e fica a 75€ cada uma.
Bom, isto levantou-me duas dúvidas. Por um lado, não sei se por este preço não é preferível comprar umas novas, pois mesmo as bi-iodo rondam este valor, guardando estas para o futuro. Por outro lado, não sei até que ponto é que sou capaz de abrir as ópticas e, pior, depois voltar a colocar o vidro...
Fiquei de pensar.

Próxima paragem: electricista auto. Lá deixei o alternador original do GS a ver o que se passa com ele.

Terceira paragem: fui à oficina. Arranjaram-me um portão da mala novo a estrear. Ainda com a etiqueta com o número de peça. Ver anexo 1067438 Ver anexo 1067437
Eu preciso de um portão (o meu tem podres em barda e sinais de uma má reparação). Mas não sei até que ponto é que a exorbitância que me estão a pedir por ele se justifica... fiquei de reflectir e de procurar alternativas.

Quarta paragem: uma casa de alcatifas e tecidos, que abastece estofadores. Ver anexo 1067439

O que me levou foi querer resolver o mau aspecto com que está a alcatifa da chapeleira, completamente destruída pelo sol. Ver anexo 1067440

Ora, arranjaram-me uma alcatifa exactamente igual à que lá está e cola para a colocar. Com o meu jeitinho de elefante, vai ser uma aventura... ;) Mas pronto, se ficar mal, vai ao estofador quando forem os bancos também.
Ver anexo 1067441
Outra coisa: aconselharam-me a colocar um platex entre o metal e a alcatifa. Não sei que faça.
Para quem não conhece, a chapeleira do GS é uma estrutura de chapa ou metal. Dá para pessoas se sentarem em cima dela; há muitos vídeos dos anos 70 com crianças a dormirem aí nas viagens.
Percebe-se bem quando a partir do interior da mala; mas não tirei foto.
@Pedro Teixeira4 : o teu tem alguma coisa entre a alcatifa e o metal da chapeleira? Ou está directamente assente no metal?

Ainda fui ao Lidl em busca de ferramentas... Ver anexo 1067442

Ao fim da tarde fui buscar uma das garotas de GS. Não tem explicação o sorriso dela quando o viu à sua espera. Ver anexo 1067443

Agora vou estudar como se aplicam alcatifas. Procurar algum livro de "alcatifas para totós".

@afonsopatrao penso que não tem nada até porque consigo ver a luz através dela quando abro a mala :)
 
OP
OP
afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
Portalista
Afonso não precisas de colocar nada entre a chapa e a alcatifa, podes colar direto. Para aplicar a alcatifa, retira a velha e todos os restos de cola, dá cola nas duas partes, alcatifa e chapa, esperas um pouco e colas. A chapeleira sai do carro? É que seria muito mais fácil. Para cortares a alcatifa uma boa faca ou um x-acto.
Não sai do carro, julgo eu... até suspeito que faça parte da estrutura da carroceria, separando totalmente o compartimento de carga do compartimento dos passageiros (recordo que o GS é um 4 portas: a mala não tem ligação ao habitáculo).
Só que a estrutura de chapa tem uns orifícios... tenho receio que a alcatifa fique depois às ondas. Amanhã tiro fotografias.
 

João Pereira Bento

128coupe
Premium
Portalista
Viva Afonso
Eu não mandava cromar as opticas, não fica bem. Acho que é preferível tentar arranjar umas novas.
Também a minha opinião em relação à chaparia é que deves arranjar.
Só os doidos restauram carros antigos. E nós somos doidos :). Ninguém está à espera de vir um dia a recuperar o investimento feito, pelo menos a curto/medio prazo.
O prazer de ver as máquinas a ficarem bonitas, não tem preço.
Um abraço

Mandei cromar uma óptica de um Mercedes este mês a pedido de um amigo que me enviou a peça de outro amigo, não perguntei o modelo pois devia ser algo horrível. :p Sei que vinha sem vidro e tinha duas concavidades (farol duplo). Custou 45€ mais IVA e ficou mesmo muito boa.

No meu caso nos faróis do 128 todos faziam um drama em tirar os vidros, foi fácil. Tiveram mergulhados em água quente e depois com um x-acto e paciência saíram. :)

Posso fornecer o contacto da empresa da cromagem.
 

Paulo Bombaça

Veterano
Não sai do carro, julgo eu... até suspeito que faça parte da estrutura da carroceria, separando totalmente o compartimento de carga do compartimento dos passageiros (recordo que o GS é um 4 portas: a mala não tem ligação ao habitáculo).
Só que a estrutura de chapa tem uns orifícios... tenho receio que a alcatifa fique depois às ondas. Amanhã tiro fotografias.

Se os orifícios forem muito grandes vai-se notar de certeza, se ela saísse era bastante mais fácil mesmo para fazer o acabamento à volta, mas fico a aguardar as fotos para poder opinar melhor.
 

Manuel Pimentel

Clássico
Mandei cromar uma óptica de um Mercedes este mês a pedido de um amigo que me enviou a peça de outro amigo, não perguntei o modelo pois devia ser algo horrível. :p Sei que vinha sem vidro e tinha duas concavidades (farol duplo). Custou 45€ mais IVA e ficou mesmo muito boa.

No meu caso nos faróis do 128 todos faziam um drama em tirar os vidros, foi fácil. Tiveram mergulhados em água quente e depois com um x-acto e paciência saíram. :)

Posso fornecer o contacto da empresa da cromagem.

As opticas dos Mercedes penso que são como as dos Volvos 240/245, o vidro separa-se do corpo da optica, são peças distintas, o vidro não está colado.
Em relação a cromar o aspeto final é excelente, a diferença nota-se depois quando se ligam as luzes. O alcance é menor, porque as opticas são espelhadas e não cromadas.
Um abraço
 

João Pereira Bento

128coupe
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Portalista
As opticas dos Mercedes penso que são como as dos Volvos 240/245, o vidro separa-se do corpo da optica, são peças distintas, o vidro não está colado.
Em relação a cromar o aspeto final é excelente, a diferença nota-se depois quando se ligam as luzes. O alcance é menor, porque as opticas são espelhadas e não cromadas.
Um abraço

Não foi cromado, até porque não é metal. O que foi feito não sei, entreguei toda queimada e veio resplandecente.

Felizmente para os meus carros não preciso. Eu nem digo quantos faróis tenho para o 128 Rally. :p
 
OP
OP
afonsopatrao

afonsopatrao

Portalista
Portalista
Bom, quanto às ópticas, isto é uma espécie de matriosca de categorias!
1. Há ópticas de uma lâmpada ou, até 1974 nas versões Club e Pallas, ópticas bi-lux (uma lâmpada dedicada para máximos). As minhas são das raras bi-lux.
2. Dentro das bi-lux, há dois modelos: um que tem duas lâmpadas de iodo e outro que tem o médio de iodo e o maximo em halogénio (H1). A minha é das de maximo em halogénio (felizmente as mais comuns).
3. Dentro das bi-lux com máximo de halogénio, há umas de campânula amarela por cima da lâmpada e outras de campânula Branca. As minhas são de campânula amarela.

E eu encontrei uma óptica esquerda destas! Estava radiante!
Até reparar que as divisões não ficam por aqui.
4. Estas ópticas ainda se subdividem: há dois modelos: um da Cibié e outro SEV-Marchal. As minhas são Cibié e agora comprei uma SEV-Marchal. E acabo de descobrir que o encaixe da lâmpada de máximo é diferente! Tenho de substituir o encaixe Cibié pela ligação Sev-Marchal.
Má notícia: se ainda há à venda os encaixes Cibié (de que eu não preciso) os encaixes SEV Marchal são impossíveis de encontrar...
Vai ser uma saga...

Adiante, sigamos para o assunto chapeleira:
@Paulo Bombaça , é mesmo em chapa e parece-me parte da estrutura da carroceria (não sai).
Tem estes orifícios.
IMG_6723.JPG IMG_6725.JPG

A actual alcatifa parece ter um cartão entre a alcatifa e a chapeleira. Devo fazer fazer igual ou colo a alcatifa directamente na chapeleira de metal?
 

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João Pedras

Fiat 124 Familiare ❤
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Portalista
A actual alcatifa parece ter um cartão entre a alcatifa e a chapeleira. Devo fazer fazer igual ou colo a alcatifa directamente na chapeleira de metal?

Bom dia
É melhor meter o cartão ou o que seja entre a chapeleira e a alcatifa, se aplicares directamente a alcatifa na chapeleira ficas a notar os orifícios.
 

Eduardo Relvas

fiat124sport
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Convém haver algum elemento intermédio entre a chapa e a alcatifa, sim. Quanto mais não seja para dar um enchimento e insonorizar melhor a passagem entre as duas zonas.

Não sei até que ponto será boa ideia colocar madeira, eu iria para algo flexível como uma camada daquele aglomerado para insonorização ou uma folha de espuma de células fechadas.
 
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