Citröen Citroën GS Club 1974

Depois de 6 meses de busca e de 2 anos a aprender mecânica básica com o meu Fiat Uno, cá fiz a loucura: comprei o meu primeiro clássico.
Diários de Bordo

Citröen Citroën GS Club 1974

André Santos

Veterano
Hoje no meio de tanta conversa com o estofador e a propósito das pessoas não irem buscar as coisas. Diz-me ele: "ainda a semana passada coloquei num lixo uns bancos de um GS que tinha aqui há anos". :)

Até eu fiquei triste. :(

Estava a ler o tópico e ao passar por esta mensagem recordei-me de várias que tenho ouvido ao longo dos anos e que criou em mim a ideia de que toda a gente tem sempre tudo, mas que por azar mandam sempre as coisas fora no dia anterior àquele em que ficaram a saber que eu as procurava.

"Ai precisava disso? Veja lá, tive aqui 305472 peças dessas, sim, trezentas e cinco mil quatrocentas e setenta e duas - é verdade! - durante 87 anos...mandei fora ontem."
Meu pensamento actual: Yeeeeeeeeeah, right!

O GS está tão bom que até me dá vontade de ter um... mas acho que ia para uma break :)
Andei à procura de foto do teu regulador de tensão electrónico, deste-me uma ideia para o meu Renault 5!

P.s. - Já o encontrei, é da Hella. Tenho de pensar em arranjar um, mesmo que de outra marca.
 
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Eduardo Relvas

fiat124sport
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Obrigado! Confesso que estava com saudades da tua providencial intervenção, dissipando quaisquer dúvidas com sapiência!

O que é estranho é o alternador ter morrido no período em que esteve parado; quando foi desmontado funcionava; depois de remontado, já não! A placa de díodos morre sem ser usada? Ou pode ter sido uma montagem deficiente que tenha queimado qualquer coisa?

Eu vou mais para a ideia de que já não estaria grande coisa, e o remendo que foi feito no regulador só aproveitou o pouco que ainda faria até que queimou de vez. O alternador e o regulador trabalham em equipa, e quando um não está bem o outro sofre as consequências.

Então escolhi bem? Ou esta marca (Unil Opal) é de qualidade duvidosa e devo não pôr nada enquanto não encontrar outra marca que eu conheça?

Eu realmente li no fórum GSAventure que deveria escolher um óleo EP ou um óleo que fosse indicado para engrenagens hipóides. Quer isto dizer que a necessidade deste óleo se deve não propriamente à caixa de velocidades mas ao diferencial e à transmissão, certo?
Já agora, duas dúvidas:
a) a Citroën aconselha a substituição do óleo da caixa a cada 40.000 Kms (suspeito que este intervalo curto se deva, então, à necessidade de proteger as engrenagens hipóides... certo?). Mas devo respeitar algum limite temporal, caso não atinja a quilometragem facilmente?
b) As engrenagens hipóides caíram em desuso? Ou continuam a ser utilizadas em carros em que o motor e caixa estão em posição longitudinal?

Por mim, qualquer óleo moderno é superior ao que se produzia quando estes carros eram novos, logo não tem qualquer problema. A viscosidade é similar à recomendada e tem os aditivos EP, logo é pacífico.

Estes aditivos são especificamente para as engrenagens hipóides, sim, porque é nestas que existe maior fricção entre os componentes devido à mudança de direcção do movimento, logo o óleo é mais solicitado e sem os aditivos as cadeias moleculares romperiam com facilidade. Estas engrenagens são as que fazem transmitir o movimento numa direcção perpendicular à original, e existem maioritariamente em diferenciais (os planetários no interior), mas no caso do GS como tem o motor numa direcção perpendicular à do eixo para onde é transmitido o movimento, há engrenagens dessas também algures na ligação entre a caixa e o diferencial.

Quanto a manutenções, é tudo uma questão de sensatez, porque os óleos sofrem uma deterioração natural, mas na caixa não há combustão logo é mais lenta. A maioria dos fabricantes dá em alternativa uma longevidade de uso ou de tempo exactamente por isso, mas nas caixas por vezes não é referido. Se não fizeres os 40,000 km num prazo de 5-6 anos, podes então trocar o óleo da caixa para não o deixar deteriorar excessivamente.

O meu grande problema é que não foi usada fita adesiva... Foi uma cola directa na tinta (em duas zonas, uma em cada extremidade do friso, em toda a sua extensão). Eu retirei aquelas secções do friso com uma dessas espátulas de plástico, apenas apontando um secador de cabelo para a cola. Já percebi que pode não ter sido grande ideia...

Quanto a solventes, que aconselhas a testar primeiro? Eu não percebo nada disto... Posso começar por experimentar com álcool?

Eu quando referi adesivo era mesmo a cola, isto são termos de engenheiro... :) O mal é mesmo o calor, porque geralmente as tintas reagem a ele e amaciam. Tudo o que puderes testar a frio é melhor.

Quanto a substâncias solventes, há muitas... o álcool é um bom começo, o petróleo por vezes também é útil, mas geralmente este tipo de produtos necessita de algo como acetona ou diluente. Estes mais fortes tem cuidado a testá-los para ver se não dissolvem facilmente a tinta.

Esse é daqueles serviços que não vai ser fácil, é mesmo um trabalho de paciência, mas tenho a certeza que vais conseguir. A espátula de plástico pode cortar a cola e tirar os frisos, depois raspas a maior com ela e no final usas então o solvente que melhor resultar.

Boa sorte!
 

João Pereira Bento

128coupe
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Estava a ler o tópico e ao passar por esta mensagem recordei-me de várias que tenho ouvido ao longo dos anos e que criou em mim a ideia de que toda a gente tem sempre tudo, mas que por azar mandam sempre as coisas fora no dia anterior àquele em que ficaram a saber que eu as procurava.

"Ai precisava disso? Veja lá, tive aqui 305472 peças dessas, sim, trezentas e cinco mil quatrocentas e setenta e duas - é verdade! - durante 87 anos...mandei fora ontem."
Meu pensamento actual: Yeeeeeeeeeah, right!

O GS está tão bom que até me dá vontade de ter um... mas acho que ia para uma break :)
Andei à procura de foto do teu regulador de tensão electrónico, deste-me uma ideia para o meu Renault 5!

P.s. - Já o encontrei, é da Hella. Tenho de pensar em arranjar um, mesmo que de outra marca.

Como deve compreender eu não ando a procurar bancos de Citroen algum. O senhor por mero acaso disse-me é que tinha mandado uns para o lixo, após anos largos sem os irem buscar. Assim como disse ter um Citroen (o carro inteiro) estofado de novo após ter sido restaurado de mecânica e chapa, o dono não o foi buscar por não concordar com preço. Já está inclusive apodrecer por estar na rua há muitos, muitos anos. E contou-me mais coisas caricatas, não são é com Citroen.

Não é uma história da carochinha. Achei caricata a coincidência e partilhei.
 

André Santos

Veterano
Atenção que eu não me referi à história que o João colocou como sendo "da carochinha", não duvido que a tenha ouvido e pode muito bem ser verdadeira, não conheço nenhum dos envolvidos.
Referi-me sim ao "tipo de história" que o João contou, das quais já ouvi muitas - não terei sido o único - e que têm sempre o mesmo guião, sendo que invariavelmente acaba com o individuo que procura ou procurava as peças a pensar "eich, se eu calho a ter vindo aqui um bocadinho antes!".

Foi por também achar isto caricato que comentei.
 
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Portalista
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Eu quando referi adesivo era mesmo a cola, isto são termos de engenheiro... :) O mal é mesmo o calor, porque geralmente as tintas reagem a ele e amaciam. Tudo o que puderes testar a frio é melhor.

Quanto a substâncias solventes, há muitas... o álcool é um bom começo, o petróleo por vezes também é útil, mas geralmente este tipo de produtos necessita de algo como acetona ou diluente. Estes mais fortes tem cuidado a testá-los para ver se não dissolvem facilmente a tinta.

Esse é daqueles serviços que não vai ser fácil, é mesmo um trabalho de paciência, mas tenho a certeza que vais conseguir. A espátula de plástico pode cortar a cola e tirar os frisos, depois raspas a maior com ela e no final usas então o solvente que melhor resultar.

Boa sorte!

Eu não tenho assim tanta confiança... Primeiro, porque a tinta do GS está a saltar com facilidade; basta ver o guarda-lamas esquerdo, onde lhe falta um pedaço enorme de tinta, estando o amarelo do primário todo à vista. Depois, porque não tenho grande confiança nas minhas capacidades de minúcia e de paciência.
Vou falar com o pintor antes de me aventurar para ter preparado um plano B caso a tinta salte; pode ser que ele me dê uma forma qualquer de a voltar a "colar" ao primário...

Como deve compreender eu não ando a procurar bancos de Citroen algum
Mas olha que ias gostar de um Citroën, João! ;)
Era mais um para provar a minha teoria de que quem gosta de Fiats, acaba por gostar de Citroëns. Marcas que nada têm que ver uma com a outra, mas que partilham a ideologia de oferecer tecnologia de ponta em carros populares.
Ainda te vou ver a recuperar um BX. ;)

Atenção que eu não me referi à história que o João colocou como sendo "da carochinha", não duvido que a tenha ouvido e pode muito bem ser verdadeira, não conheço nenhum dos envolvidos.
Referi-me sim ao "tipo de história" que o João contou, das quais já ouvi muitas - não terei sido o único - e que têm sempre o mesmo guião, sendo que invariavelmente acaba com o individuo que procura ou procurava as peças a pensar "eich, se eu calho a ter vindo aqui um bocadinho antes!".

Foi por também achar isto caricato que comentei.

E eu próprio me ando a arriscar. O @Samuel já me deu um contacto de um senhor que tem dois bancos de GS e eu tenho andado de tal modo embrenhado em trabalho que só me lembro disso a horas indecentes (ou muito cedo, ou muito tarde...). Amanhã ligo sem falta, a ver se ainda escaparam de ir para a sucata.
 

João Pereira Bento

128coupe
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Portalista
Mas olha que ias gostar de um Citroën, João! ;)
Era mais um para provar a minha teoria de que quem gosta de Fiats, acaba por gostar de Citroëns. Marcas que nada têm que ver uma com a outra, mas que partilham a ideologia de oferecer tecnologia de ponta em carros populares.
Ainda te vou ver a recuperar um BX. ;)

A minha marca favorita nem é a Fiat! :) Adoro o DS, ID, Traction Avant, SM Maserati, HY e mais uns quantos. Dos anos 80/90 em diante não gosto assim muito de alguns. :)

Acho piada a quem tem carros tão distintos e como eu é amador. Eu não me imagino a aprender tudo num carro completamente diferente (outra marca e modelo). Não me chega ter só o carro. Revistas, manuais, tretas caríssimas e inúteis para o carro andar são imprescindíveis. :p É por isso que vou ficar pelos Fiat 128 apenas, vários. :p

128 carro do ano em 1970
GS carro do ano em 1971 (e em terceiro o SM)! :p
 

André Santos

Veterano
Afonso, uma questão sobre a chapa dos Gs's: é muito evidente a diferença/qualidade de construção "Mangualde" vs "Rennes la Janais"?

Pergunto isto porque também gosto de franceses mas mais específicos de outra marca - cuja fábrica nacional (ou local de montagem, nos casos dos kits) era relativamente perto, na Guarda - e não tenho a noção dos nacionais serem piores. Nesta marca, o "avanço" francês era tal que algumas das técnica usadas lá, como o exemplo da espuma de poliuretano expandido nos ocos do chassis, fez com que hoje alguns tenham que levar grandes reparações de chassis ou mesmo estruturas novas (e muitos já desapareceram por terem esse mesmo problema).

Como é nos GS?

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Afonso, uma questão sobre a chapa dos Gs's: é muito evidente a diferença/qualidade de construção "Mangualde" vs "Rennes la Janais"?

Pergunto isto porque também gosto de franceses mas mais específicos de outra marca - cuja fábrica nacional (ou local de montagem, nos casos dos kits) era relativamente perto, na Guarda - e não tenho a noção dos nacionais serem piores. Nesta marca, o "avanço" francês era tal que algumas das técnica usadas lá, como o exemplo da espuma de poliuretano expandido nos ocos do chassis, fez com que hoje alguns tenham que levar grandes reparações de chassis ou mesmo estruturas novas (e muitos já desapareceram por terem esse mesmo problema).

Como é nos GS?

Ver anexo 1066707
Pode ser mito, mas se é mito, é um mito bem divulgado!
Por cá, toda a gente diz que a chapa de Mangualde é pior que a francesa. Mas isso podia ser simplesmente complexo tuga... De todo o modo, há duas coisas que me levam a dizer que talvez tenha um fundo de verdade, com base em fontes estrangeiras.
1. Aqui em Portugal é absolutamente normal os GS terem buracos nos fundos e ninguém os enfarda por isso: é uma espécie de inevitabilidadd de que toda a gente está à espera. Já os fóruns estrangeiros costumam classificar como irrecuperável qualquer GS que tenha podres nos fundos...
2. Uma vez vi um "buyers guide" de uma revista inglesa relativo ao 2cv. Nesse texto, eles desaconselhavam os ingleses a comprar a última série do 2cv (a partir de 1988, julgo), porque esses carros vinham da fábrica portuguesa e enferrujavam estupidamente mais depressa no clima inglês...
 

André Santos

Veterano
Percebo, as nossas fábricas nunca tiveram as infraestruturas que imaginamos num processo de montagem automóvel, o video do 2cv a ser montado em Mangualde mostra isso mesmo: muita força de braços!

Mas nesses casos julgo que podem haver outras explicações:
- No caso do 2cv, era um produto em fim de vida que tinha o problema de já só poder ser vendido em 2 ou 3 países devido à falta de homologação por motivos de (falta) de segurança. Imagino que o investimento na produção estivesse reduzido ao mínimo. Nunca é bom.
- No caso dos fundos do GS, o que eles chamam de podres podem ser...realmente podres muito valentes. Digo-o por um motivo: o clima é completamente diferente do nosso. Tenho um amigo que comprou em França um Alfa 159 de 2008 e tinha podres nos fundos, uma coisa assustadora, típica dos anos 70! Motivo: neve e sal. E fiz revisão a uma Toyota Avensis de 2005 proveniente de Inglaterra e estava medonhamente calcinada. Tinha tubos de travão metálicos podres!

Os nossos carrinhos passam uma vida santa no nosso clima ;)
Mas lá está, na produção portuguesa da Renault também consigo identificar anos que foram bastante mauzinhos. Remontássemos
nós a esses anos e fossemos ver as fábricas e os métodos de fabrico/produção e se calhar percebíamos logo o porquê de determinados problemas.
 
Leva 1,4 litros, sim. Mas não é a viscosidade a única coisa que me interessa aqui. Por um lado, os sincronizadores mais antigos podem não levar qualquer valvulina — vê as Fiat, que se puseres uma valvulina "normal" em vez do ZC90 ficas com a caixa feita num 8.
Por outro, e é o que me preocupa aqui, a Citroën tem um aviso para colocar óleo com a especificação EP (Extreme Pressure).
Exactamente, os Opel também tem uma valvulina especifica, vermelha, que parece óleo hidráulico. Mas creio que todas as 80W90 são EP, visto a sua viscosidade ser alta, não tens problemas, aliás, no Autodata é o que o fabricante recomenda. Já a 75W80 ou mais finas não recomendo, porque não é necessário que a lubrificação seja feita com especificidade, em orifícios minúsculos.
Tenho um Astra H GTC 1.3CDTi, de 12/2007, ao qual troquei à dias o óleo da caixa de velocidades e confirmo que o óleo era vermelho. Substituí por um FUCHS Titan sintofluid 75W-80, de cor amarela (e com um forte cheiro a ovos podres! :wacko:), pois era recomendado como sendo melhor que o óleo da GM.

Juro que começo a habituar-me ao colchão de água que é um hidropneumático sem electrónica. Hoje quando passei para o carro moderno, senti diferença!! Então para o Uno (que é rijinho) é abissal.
Creio que te contei no fórum Citroën que os meus pais tiveram uma GSA Break Spéciale, de 09/1981, matrícula FV-09-68, certo ?

Sabes qual foi o carro que veio substituir a GSA ?

Um Uno 45S, de 01/1989, matrícula RC-15-16! :D

Portanto, sei muito bem a que te referes quando falas nessa comparação. ;)
 
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Olá! Hoje foi um dia em cheio para o GS. De manhã, seguiu para a oficina.
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Ele já estava com saudades!
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3 operações, tratadas sempre com a mestria de quem conhece os Citroën como as suas mãos:
1. Rótula no braço de suspensão esquerdo: foi trocada num ápice. Mas foi detectado que a folga não estava aí mas nos casquilhos na fixação do braço à carroceria... lá vou eu procurar esse material. Ainda por cima, parece que é caro.

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2. Troca do óleo da caixa de velocidades: o que lá estava parecia já muito velho (ainda que estivesse com boa cor) e era porventura fluido demais. A julgar pela quantidade de limalhas no íman, é bem provável que fosse um qualquer 75W80 sem a especificação EP, o que terá começado a criar danos...
Com o novo óleo (EP 80W85), as mudanças entram de forma mais suave. E luto menos com a caixa para engrenar a marcha atrás! ;)

3. Fuga de ar no escape, na junção entre o Y e o tubo comprido: resolvido!

Saí dali e fui usá-lo como carro do dia a dia. Até fui ao supermercado. IMG_6464.JPG

Depois fui falar com o pintor. Ele diz que talvez a pintura melhore com um polimento, mas há tantos locais com tinta a saltar que o melhor era mesmo pintar.
Quanto à originalidade da pintura, há dúvidas. Há painéis onde claramente se nota que já foram repintados; noutros não se sabe se é de origem ou se é uma repintura com muitos anos.

Mas pronto, essa era a parte estética. Agora vamos aos problemas que verdadeiramente interessam — a corrosão.

1. Mala: ele diz que dá para recuperar mas fica bem mais caro é trabalhoso do que arranjar outro portão em bom estado.

2. Fundos: a maioria dos pontos não são podres: é corrosão superficial por não terem sido tratados quando foram colocados os remendos de chapa lá existentes. A uma primeira vista, parece que a solução é um tratamento integral da parte inferior do carro: lixar tudo, colocar anti-ferrugem (seja lá o que isso for), pintar de preto e depois colocar o XXXXXX (substituir isto por aquilo que se põe por cima da pintura, que fica rugoso. Ele disse-me mas eu não me lembro).
Todavia, há ali um ponto que inspira mais preocupação. Pode ser superficial ou pode ser já um podre, que obrigaria a colocar chapa nova. Precisa de análise aprofundada.

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3. Frisos: ele diz que tirar os frisos vai trazer a tinta toda agarrada... que o ideal era eu só os tirar quando tiver decidido pintar.

Assim, ficou combinado que em Março, quando o tempo começar a melhorar, levo lá o GS para passar um dia a ser estudado. Quando estiver estudado, então falamos sobre o que fazer. Até lá, fiquei de arranjar um portão da mala e entreter-me a recuperar os interiores do meu carro.

Fui trabalhar e até estacionei junto a outro clássico! IMG_6488.JPG

E ao fim do dia foi um gosto chegar a casa!
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João Pereira Bento

128coupe
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Não gostei daquele remendo nem do pegamento visível na embaladeira, nota-se a solda! :(

Isso tudo se faz, é na boa, já os vi piores, não desista... etc, etc! :p Também sei dizer coisas assim.

Tenho medo de carros que já foram mexidos. É de ver isso com calma, ninguém consegue dar um orçamento para um carro assim, que seja justo para ambos.

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Livra, até me deu arrepios a história desse Ricardo...

João, agradeço todos os conselhos e a amizade. Sinceramente. Tenho as opções todas em aberto.
Eu sabia que ele já tinha sido remendado quando o comprei. Julgo que há muito poucos GSs de Mangualde que tenham sobrevivido sem chapa nova...
Não estou a dizer que isso seja uma coisa óptima nem que isso signifique que não deva comprar o GS francês castanho! Se calhar devia.
Vou amadurecendo as ideias. E enquanto isso vou gozando o meu GS, que tanto prazer me dá.

Muito, muito obrigado, João. As coisas menos agradáveis de se ouvir são as que são mais difíceis de dizer; e reconheço, por isso, que só se dizem por amizade e altruísmo.
 

João Pereira Bento

128coupe
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Livra, até me deu arrepios a história desse Ricardo...

João, agradeço todos os conselhos e a amizade. Sinceramente. Tenho as opções todas em aberto.
Eu sabia que ele já tinha sido remendado quando o comprei. Julgo que há muito poucos GSs de Mangualde que tenham sobrevivido sem chapa nova...
Não estou a dizer que isso seja uma coisa óptima nem que isso signifique que não deva comprar o GS francês castanho! Se calhar devia.
Vou amadurecendo as ideias. E enquanto isso vou gozando o meu GS, que tanto prazer me dá.

Muito, muito obrigado, João. As coisas menos agradáveis de se ouvir são as que são mais difíceis de dizer; e reconheço, por isso, que só se dizem por amizade e altruísmo.

Não conheço o GS, se fosse um 128 com esse aspecto de certeza absoluta que estaria muito podre e em zonas estruturais.

As intervenções tem aspecto duvidoso. Por experiência sei que alastram sempre mais. É como um remendo na estrada, dá sempre origem a dois buracos, um antes e outro do lado oposto.

Um orçamento ou é desmedido para precaver surpresas ou então quando o profissional começar a ver que é curto aldraba. Se for sensato pede mais dinheiro. Só se avalia desmontando o carro e ninguém o faz para dar orçamento quando podemos nem concordar e depois há muito coisa já desmontada. Um bom profissional e de confiança trabalha ao mesmo ritmo seja à hora ou orçamento, no fim pode ficar muito mais barato e o resultado melhor.

Fui ver as fotos e acho que ainda está pior do que a primeira impressão que tive. :( Não quero desanimar e desencorajar, apenas alertar. E sabendo que o castanho está sólido até me irrita que não seja "apanhado". :p


Muito bom aspecto, melhor que o que tenho pronto o qual nunca tinha sido mexido.

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Já tinha era remendos com chapa sobreposta, tive surpresas e se fosse hoje nunca lhe tinha mexido (é o que tenho o tópico aberto com o restauro a decorrer).

Para compensar agora também tenho o melhor coupé de chapa que vi até hoje, se penso neste choro. :(

Podem me dizer que era uma pena não se restaurado, é verdade. Era uma pena, mas se não fosse eu a ficar "depenado" tinha sido muito melhor.

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Portalista
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João: sabes que me tiraste o sono? Não só não adormeci a pensar nisto como às 5:30 já estava de olho aberto. A pensar nisto. ;)
Estou muito dividido, porque sou um leigo ignorante neste mundo e porque, infelizmente, tenho uma personalidade muito pouco problemática, estando sempre a pôr em causa as minhas próprias decisões.

Por um lado,
tenho a certeza absoluta que tens toda a razão do teu lado: recuperar este carro é fazível, mas muito mais caro que comprar o castanho e converter este em banco de peças (ou até vendê-lo, pois tem seguro, inspecção em dia, e está mecanicamente num brinco). A isto acresce que estou mergulhado num mundo que não conheço, com problemas que não domino e com consertos que não sei fazer nem como se fazem. Isto faz-me querer confiar em quem, altruisticamente, me dá a sua opinião (mesmo quando é difícil de ouvir ou ler). E, João, não tenho a mínima dúvida nem quanto aos teus conhecimentos, nem quanto às tuas (boas) intenções. E, no fundo, a tua opinião foi a única que apareceu em face daqueles fundos... Não sei se não há mais por concordarem todos contigo ou porque não têm nada a ver com isso.

Por outro lado, tenho vontade de seguir os trabalhos no vermelho. Não propriamente por ter esperança que estejas enganado (não tenho, nenhuma!). Mas porque a minha ligação ao GS não tem muito de racional... é algo que me dá prazer. E está a dar-me prazer (ainda que um gozo financeiramente desastroso) colocar o GS de novo na estrada. E depois começo a afeiçoar-me a ele... até à cor, que eu tanto detestava. Claro, também podia apaixonar-me pelo castanho (até porque era a cor da GS Pallas Break que os meus pais tinham quando eu nasci)...
Depois, porque este já tem muito de meu. Já tem trabalho, horas de companhia, peças que eu lhe pus, mimos que lhe dei. Até o sorriso das minhas miúdas a vê-lo subir quando o ligo de manhã.
A isto acresce que não tenho comprador para o vermelho nem dinheiro de parte para comprar o castanho; e o vermelho está na estrada, compensando todo o desastre financeiro com umas voltas que me deixam o sorriso nos lábios.

Bom, parece que converti este diário de bordo num divã de psiquiatria... ;)
 

tiago salsa

Citroen Maniac
Nós aqui nos Açores estamos já habituados em ver ferrugem... quer dizer... podres mesmo! Com isto quero dizer que o meu nível "vermelho" é um pouco mais acima do vosso com certeza. Não sendo um entendido na matéria e pelo que vejo nas fotos, tens aí algum trabalho mas ao mesmo tempo não tens uma lavoura com podres e buracos! É claro que quando desmontamos é que começam a aparecer as surpresas.. remendos antigos mal feitos e etc.. limpa-se esse fundo todo e já vez melhor, o que estiver mal corta-se e solda-se novo mas como deve ser :D
Claro que é fácil falar.. mas vou olhando para o Uno cada vez mais assim, "há dsamanhar!" E depois vem o "maldito" valor sentimental que nos faz ser um pouco irracionais esporadicamente..
Eu continuava o excelente trabalho que tens feito até chegar ao ponto desejado!
 

Pedro Seixas Palma

Pre-War
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Já agora dou a minha opinião. Eu gosto de ver remendos em carros. Significa que alguém tentou honestamente reparar uma secção. Como não pretendo um carro em estado de concurso, fico contente se tiver um carro sólido, mesmo que seja visível onde este foi reparado.
E para terminar partilho esta "pérola", para que não surjam histórias do "antigamente é que era...":
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