Neste outro tópico derrapámos para este assunto que é invariavelmente uma preocupação/motivo de conversa quando se pensa no futuro dos carros clássicos, especialmente vivendo num país que tem demasiados outros problemas para atacar antes de se preocupar com carros velhos e ferrugentos sem
airbag nem sistema multimédia Harman/Kardon de última geração.
Os aficionados Portugueses estão especialmente vulneráveis, que pena não termos a importância que se dá aos aficionados da tauromaquia...
O
gasóleo per se não será um problema para já, afinal a comunidade de aficionados ainda se mostra muito reticente a essas motorizações e como tal à data de hoje não seria um drama se os carros que consomem o "combustível do demo" deixassem de poder circular. "Ninguém" quer clássicos a gasóleo
O que poderá sem dúvida ser preocupante é se a classe política e os grandes
lobbies começarem a levar a cena da sustentabilidade para níveis demasiado restritivos para tudo o que é veículo motorizado poluente, aí não há como escapar, se um dia decidirem que a prioridade total é mesmo reduzir ao máximo as emissões, quiçá se nem os clássicos terão direito a um regime de exceção em nome da perservação do património.
Será que corremos todos o risco de ficarmos lá por casa com batentes de porta também conhecidos por monos?!...
Fazendo uma comparação potencialmente absurda, hoje ninguém quer ouvir falar de
nazismo. Existem museus e outros recursos que mantém a responsabilidade de o não deixar cair no esquecimento mas na verdade Hitler conseguiu tornar uma corrente política em algo assustador e vergonhoso que preferimos arrumar para debaixo do tapete.
Será que vai acontecer o mesmo com os veículos que durante décadas queimaram combustível fóssil e patrocinaram o envenenamento progressivo no nosso
habitat?
Será que vamos olhar para eles com vergonha e não com orgulho?