Pelo que já pude ler dos XR's, por exemplo os Fiesta, são muito fraquinhos, é só motor. Já estes Escort de qualquer das formas têm a seu favor a estética mais apelativa.
Eu cada vez mais acho que o "clássico" terminou, com muita fé, no ano 2000, se calhar é um bocado como o famigerado bug informático Y2K mas a verdade é que a cultura que nós estamos a ter o previlégio de viver nos dias de hoje é larga, extensiva e quase exclusivamente baseada na sua esmagadora maioria nas décadas de 60/70/80, basicamente 30 anos de ouro para quem gosta de carros, vá vamos esquecer a descaracterização que os mesmos sofreram com a entrada dos 80's e a substituição do alumínio por plástico!
Se quisermos ser realistas, na ótica do clássico como a cultura que sustenta práticas de utilização/manuntenção de um carro fora de produção à mais de 30 anos, para mim as décadas de ouro resumem-se aos 60 e 70, esqueçam os 80, com exceção dos modelos que permaneceram pouco ou nada inalterados, onde é que se vão arranjar peças para aqueles facilmente degradáveis plásticos?
De que serve o clássico se não puder ser mantido e quando necessário restaurado? Sim, alguns de nós se calhar acham piada à caça ao tesouro e a andar a vasculhar as sucatas mas isso não é sustentável no longo prazo, as sucatas esgotam-se e o medo de não ter um painel qualquer para remendar um simples toque no trânsito ou uma ferrugem marota vai relegar esses carros para a sepultura que é a garagem permanente.
Muito honestamente acho que a maioria das próximas gerações de apreciadores de clássicos ainda vai olhar muito para as mesmas décadas que nós e depois talvez sobre uma fatia do bolo para alguns desportivos dos 80/90 muito por culpa do culto que conseguiram reunir em torno deles garantindo a saúde de uma industria de reprodução de peças à medida.