Andre.Silva
Trapatony
O Mercedes-Benz W201 foi a ultima encarnação do logo "190". Este foi um carro que durante a seu percurso foi desde carro executivo até sedann desportivo. Foi produzido até 1993, até ser substituído pelo novo C-Klass.
Chamado de " Baby Benz", o W201 foi um modelo que marcou pelo seu design e excelente equipamento, ao nível de muitos carros do mesmo segmento do século XXI. por exemplo, o W201 contava com suspensão 5-link na traseira, anti-dive, anti-rollbar frontal e traseiro, geometria anti-squat, airbags, ABS e pré-tensores dos cintos de segurança, entre outras soluções avançadas de segurança.
Neste documentário vou falar (para já) apenas no 2.3 16v e no 2.5 16v.
Desenvolvimento:
A Mercedes-Benz afirmou que gastou 600 milhões de libras no desenvolvimento deste carro, e que se encontrarem um erro neste, este pode deitar todo o seu trabalho e reputação por água abaixo.
A Mercedes-Benz desejava ter um 190E de rally e como tal recorreu à empresa de desporto automóvel britânica Cosworth para desenvolver um motor com cerca de 320 cv (239 kW) para este bólide. Este projecto ficou conhecido como "WAA" by Cosworth. Durante o desenvolvimento, Audi Quattro e o seu sistema de tracção integral (turbo) saltou para o mercado e fez com que o 2.3-16v não parecesse competitivo.
Sem desistir, a MB continuou com o desejo de manter o 190 na ribalta das corridas e sabendo que tinha um motor bem capaz disso, entrou de imediato no campeonato de turismo alemão (Deutsche Tourenwagen Meisterschaft ou DTM). Mas, para que o modelo pudesse correr neste campeonato, tinha de ser base num carro de estrada. E foi exactamente aqui que começou o "mito". A Mercedes põs de imediato o 190 2.3 16v na linha de produção, numa versão mais "simples" em termos de potência (citação correcta: detuned version) do motor Cosworh.
Três carros destes, apenas um pouco alterados esteticamente estabeleceram três recordes do mundo nos dias 13 a 21 de Agosto de 1983 na pista de Nardo, quando com uma média de 247.94 km/h fizeram uma prova de resistência que durou cerca de 50,000 km, em que nas paragens mudavam-se os componentes básicos das revisões normais, como óleo, filtros, pastilhas de travão, etc.
O modelo foi apresentado no Frankfurt Auto Show em Setembro 1983, depois da sua reputação já estar implantada.
Recordes obtidos em Nardo:
Recordes do mundo:
25,000 km: à media de 247.094 km/h
25,000 milhas: à media de 247.749 km/h
50,000 km: à media de 247.939 km/h
Recordes internacionais da classe:
1,000 km: à media de 247. 947 km/h
1,000 milhas: à media de 246.916 km/h
5,000 km: à media de 246.914 km/h
5,000 milhas: à media de 246.729 km/h
10,000 km: à media de 246.826 km/h
10,000 milhas: à media de 246.839 km/h
6 horas: à media de 246.798 km/h
12 horas: à media de 246.628 km/h
24 horas: à media de 246.713 km/h
Motor:
2.3 16v
O motor Cosworth foi baseado num 2.3 litros de 8 válvulas que debitava 136cv, motor instalado já no 190E. A célebre Cosworth desenvolveu a cabeça de cilindros, "aplicando o que aprendeu nos motores DFC e BDA". A cabeça de válvulas foi feita a partir de uma liga leve e vinha com duas árvores de cames à cabeça e quatro válvulas por cilindro, fazendo no total 16v, segundo a Cosworth para "enviar o máximo que podiam colocar na câmara de combustão".
Na versão de estrada, o 190 E 2.3-16 produzia mais 49cv e 55 Nm de torque do que o básico motor 2.3 I4 com uma única árvore de cames em que foi baseado. no total o motor 2.3 16v produzia 185cv às 6,200 rpm e 235 Nm às 4,500 rpm e as dimensões de 95.50 x 80.25 mm do pistões e câmara de combustão permitiam fazer facilmente rotações acima das 7000 (redline). Aceleração dos 0-100 km/h fazia-se em menos de 8 segundos, e a velocidade de topo anunciada era de 230 km/h.
Os carros enviados para os EUA tinham a taxa de compressão mais baixa (9.7:1 em vez de 10.5:1), e debitavam de 167cv às 5800 rpm e 220 Nm às 4750 rpm.
Esta versão era equipada com um sistema de escarpe de dimensões diferentes, e uma injecção Bosch K-jetronic substituindo assim a Kugelfischer especializada para aquele motor. Estas alteração contribuíram para chegar aos 185cv requeridos nas especificações. As cabeças de válvulas eram feitas na "Cosworth's Coscast Foundry" em Worcester e eram enviadas para a Alemanha para ser montada no resto do motor que era diferente do 2.3 convencional, que contava entre outras coisas, com pistões de alumínio de baixa compressão.
2.5 16v
Um motor maior apareceu em 1988, debitando de 2.5 litro. Este contava com correntes da abertura das válvulas duplas para tornar o trabalho mais "leve" ao motor, e acrescentando 17cv e uma subida de torque incrível. No mercado europeu o carro oferecia agora 202cv e os modelos com catalisador produziam 197cv.
Discute-se ainda hoje se o motor 2.5 foi desenvolvido/montado pela MB ou pela Cosworth pois a MB não queria que se soubesse que o seu carro desportivo era produzido por uma empresa britânica. Contudo algumas cabeçãs de cilindros do 2.5 L foram estampados com uma placa metálica que indicava construção na metalúrgica da Cosworth tal como os 2.3. Cosworth também tinha listado o projecto "WAB", para o desenvolvimento da cabeça de cilindros do 2.5 16v, como tinham feito para o 2.3 16v.
Diferenças entre os carros 16v e os mais "básicos"
Devido à performance dos motores 16v, os carros que tinham os motores de 16v eram diferentes dos outros 190. O "body kit" colocado nos 2.3-16 e 2.5-16 reduziam o coeficiente de resistência do ar para 0.32, um dos mais baixos valores dos familiares do seu tempo, fazendo com o que o seu peso a altas velocidades se tornasse bastante baixo.
A brecagem dos 16v era mais curta e o volante mais pequeno que os 190 normais, e o tanque de combustível cresceu dos 55l para os 70l.
A caixa manual de 5 velocidades Getrag era a única disponível para o 16v, trazendo um ambiente mais "racing" ao carro, com o sistema 'dog-leg' (primeira para baixo, como todos sabemos) . Este sistema colocava assim a 2ª, 3ª, 4ª e 5ª velocidades disponíveis num simples enquadramento em H tornando as selecções mais rápidas. Partilhavam a caixa com os E30 M3. Um sistema de refrigeração do óleo foi colocado para assegurar o bom desempenho deste, já que muitos carros destes eram destinados ás corridas.
O interior com 4 bancos era equipado com uns Recaro com laterais longas de apoio para todos os passageiros. No interior também foram adicionados 3 manómetros: um da temperatura do óleo, outro do voltímetro e um cronómetro. Todos estavam embutidos na consola central. O 190 E 2.3-16 estava disponível em apenas duas cores, Blue-Black Metallic (Pearl Black nos EUA), e Smoke Silver (que parece dourado). O 2.5-16 trouxe mais duas cores, Almandine Red e Astral Silver.
Cores Disponíveis no 2.3-16
Blue-Black Metallic
Smoke Silver
Cores Disponíveis a partir do 2.5-16
Almandine Red
Astral Silver
Todos os 2.3-16 traziam de origem um autoblocante (LSD). A partir dos 2.5-16 foram também equipados de origem com o sistema ASD da MB. O ASD é um diferencial controlado electricamente e hidraulicamente bloqueado quando necessário. Este sistema de bloqueio pode variar entre o standard (15%) até 100%.Ele não é um sistema de controlo de tracção mas contudo consegue maximizar a tracção quando uma das está a patinar, bloqueando-lhe a potência.Quando este sistema é activado acende uma luz triangular no centro do velocímetro.
A suspensão no 16v era muito diferente da standard. Além de ser mais baixa e mais dura, tinha também anti-rollbars,e sistema hidráulico Self-Levelling Suspension (SLS) que se regulava automaticamente na traseira.
Na inauguração da versão pequena de Nürburgring in 1984 (Nürburgring GP), formaram uma corrida com vários 190E com pilotos da F1 da altura ao volante. Um piloto jovem e ainda desconhecido (Ayrton Senna) chegou ao fim em 1º lugar e levou como prémio um 2.5-16 preto.
As equipas privadas como a AMG começavam a usar os 2.3-16 nas corridas de turismo, especialmente no DTM. No fim dos anos 80, os 2.5-16 correu muitas vezes contra o BMW M3 e também contra o Ford Sierra Cosworth.
Modelos Evolution
I
Com a chegada dos BMW M3 Sport Evolution, o director da MB competição chegou a conclusão que o 2.5-16 precisava de um "empurrão" nos circuitos. Em Março 1989, o 190 E 2.5-16 Evolution foi apresentado no Geneva Auto Show. O Evo I, como é conhecido,tinha um novo aileron e rodas mais largas. muitas das mudanças estavam "debaixo" da carroçaria como os travões e suspensões.Havia agora uma suspensão completa SLS que podia ser controlada do interior. Aí todos perceberam que estas modificações eram para obter sucesso nas pistas.
A potência extraída pelo Evo I's era similar aos 202cv do 2.5-16 "normal". Contudo este carro teve um motor redesenhado com a mesma capacidade mas com alterações a nivel de bloco para atingir rotações mais altas e aumentar a faixa de potência máxima.
Apenas 502 unidades do Evolution foram produzidas, para conseguir a homologação no DTM. Para este carro ainda estava disponível um kit da AMG que incluía entre outros componentes árvores de cames melhoradas, um acelerador mais largo, uma ignição mais agressiva e os sistemas de controlo de combustível, de entradas de ar e de escarpe melhorados. O resultado era uns 30cv extra.
II
Em Março de 1990, no Geneva Auto Show, o 190 E 2.5-16 Evolution II foi mostrado ao público. Como sucesso do primeiro Evolution, este modelo com produção de 502 unidades foi vendido antes de chegar ao mercado. O carro era vendido em 1990 por 58000 euros.
O "Evo II" incluia também o AMG PowerPack aplicado no EVO I (árvores de cames melhoradas, um acelerador mais largo, uma ignição mais agressiva e os sistemas de controlo de combustível, de entradas de ar e de escarpe melhorados). Uma modificação óbvia do Evo II é o bodykit radical e extremo (desenhado pelo Prof. Richard Eppler da Universidade de Estugarda) com um aileron mais alto ajustável, spoiler no vidro traseiro, e jantes Evolution II 17 de 17 polegadas. O kit tinha propositadamente uma utilidade aerodinâmica - Testado no túnel de vento, este reduzia a resistência ao vento para 0.29, ao mesmo tempo que melhorava o downforce. Anedotas por parte dos executivos da BMW diziam "Se aquela asa traseira funciona, teremos que redesenhar o nosso túnel de vento!"
Dos 502 Evo II foram construídos 500 na cor "Blauschwarz" Blue/Black Metallic. Só os últimos 2 foram construídos na cor Astral Silver.
Deixo também um documentário feito pela Discovery sobre estes carros.
YouTube - Wheeler Dealers - Mercedes 190E Cosworth 1 / 5
YouTube - Wheeler Dealers - Mercedes 190E Cosworth 2 / 5
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Chamado de " Baby Benz", o W201 foi um modelo que marcou pelo seu design e excelente equipamento, ao nível de muitos carros do mesmo segmento do século XXI. por exemplo, o W201 contava com suspensão 5-link na traseira, anti-dive, anti-rollbar frontal e traseiro, geometria anti-squat, airbags, ABS e pré-tensores dos cintos de segurança, entre outras soluções avançadas de segurança.
Neste documentário vou falar (para já) apenas no 2.3 16v e no 2.5 16v.
Desenvolvimento:
A Mercedes-Benz afirmou que gastou 600 milhões de libras no desenvolvimento deste carro, e que se encontrarem um erro neste, este pode deitar todo o seu trabalho e reputação por água abaixo.
A Mercedes-Benz desejava ter um 190E de rally e como tal recorreu à empresa de desporto automóvel britânica Cosworth para desenvolver um motor com cerca de 320 cv (239 kW) para este bólide. Este projecto ficou conhecido como "WAA" by Cosworth. Durante o desenvolvimento, Audi Quattro e o seu sistema de tracção integral (turbo) saltou para o mercado e fez com que o 2.3-16v não parecesse competitivo.
Sem desistir, a MB continuou com o desejo de manter o 190 na ribalta das corridas e sabendo que tinha um motor bem capaz disso, entrou de imediato no campeonato de turismo alemão (Deutsche Tourenwagen Meisterschaft ou DTM). Mas, para que o modelo pudesse correr neste campeonato, tinha de ser base num carro de estrada. E foi exactamente aqui que começou o "mito". A Mercedes põs de imediato o 190 2.3 16v na linha de produção, numa versão mais "simples" em termos de potência (citação correcta: detuned version) do motor Cosworh.
Três carros destes, apenas um pouco alterados esteticamente estabeleceram três recordes do mundo nos dias 13 a 21 de Agosto de 1983 na pista de Nardo, quando com uma média de 247.94 km/h fizeram uma prova de resistência que durou cerca de 50,000 km, em que nas paragens mudavam-se os componentes básicos das revisões normais, como óleo, filtros, pastilhas de travão, etc.
O modelo foi apresentado no Frankfurt Auto Show em Setembro 1983, depois da sua reputação já estar implantada.
Recordes obtidos em Nardo:
Recordes do mundo:
25,000 km: à media de 247.094 km/h
25,000 milhas: à media de 247.749 km/h
50,000 km: à media de 247.939 km/h
Recordes internacionais da classe:
1,000 km: à media de 247. 947 km/h
1,000 milhas: à media de 246.916 km/h
5,000 km: à media de 246.914 km/h
5,000 milhas: à media de 246.729 km/h
10,000 km: à media de 246.826 km/h
10,000 milhas: à media de 246.839 km/h
6 horas: à media de 246.798 km/h
12 horas: à media de 246.628 km/h
24 horas: à media de 246.713 km/h
Motor:
2.3 16v
O motor Cosworth foi baseado num 2.3 litros de 8 válvulas que debitava 136cv, motor instalado já no 190E. A célebre Cosworth desenvolveu a cabeça de cilindros, "aplicando o que aprendeu nos motores DFC e BDA". A cabeça de válvulas foi feita a partir de uma liga leve e vinha com duas árvores de cames à cabeça e quatro válvulas por cilindro, fazendo no total 16v, segundo a Cosworth para "enviar o máximo que podiam colocar na câmara de combustão".
Na versão de estrada, o 190 E 2.3-16 produzia mais 49cv e 55 Nm de torque do que o básico motor 2.3 I4 com uma única árvore de cames em que foi baseado. no total o motor 2.3 16v produzia 185cv às 6,200 rpm e 235 Nm às 4,500 rpm e as dimensões de 95.50 x 80.25 mm do pistões e câmara de combustão permitiam fazer facilmente rotações acima das 7000 (redline). Aceleração dos 0-100 km/h fazia-se em menos de 8 segundos, e a velocidade de topo anunciada era de 230 km/h.
Os carros enviados para os EUA tinham a taxa de compressão mais baixa (9.7:1 em vez de 10.5:1), e debitavam de 167cv às 5800 rpm e 220 Nm às 4750 rpm.
Esta versão era equipada com um sistema de escarpe de dimensões diferentes, e uma injecção Bosch K-jetronic substituindo assim a Kugelfischer especializada para aquele motor. Estas alteração contribuíram para chegar aos 185cv requeridos nas especificações. As cabeças de válvulas eram feitas na "Cosworth's Coscast Foundry" em Worcester e eram enviadas para a Alemanha para ser montada no resto do motor que era diferente do 2.3 convencional, que contava entre outras coisas, com pistões de alumínio de baixa compressão.
2.5 16v
Um motor maior apareceu em 1988, debitando de 2.5 litro. Este contava com correntes da abertura das válvulas duplas para tornar o trabalho mais "leve" ao motor, e acrescentando 17cv e uma subida de torque incrível. No mercado europeu o carro oferecia agora 202cv e os modelos com catalisador produziam 197cv.
Discute-se ainda hoje se o motor 2.5 foi desenvolvido/montado pela MB ou pela Cosworth pois a MB não queria que se soubesse que o seu carro desportivo era produzido por uma empresa britânica. Contudo algumas cabeçãs de cilindros do 2.5 L foram estampados com uma placa metálica que indicava construção na metalúrgica da Cosworth tal como os 2.3. Cosworth também tinha listado o projecto "WAB", para o desenvolvimento da cabeça de cilindros do 2.5 16v, como tinham feito para o 2.3 16v.
Diferenças entre os carros 16v e os mais "básicos"
Devido à performance dos motores 16v, os carros que tinham os motores de 16v eram diferentes dos outros 190. O "body kit" colocado nos 2.3-16 e 2.5-16 reduziam o coeficiente de resistência do ar para 0.32, um dos mais baixos valores dos familiares do seu tempo, fazendo com o que o seu peso a altas velocidades se tornasse bastante baixo.
A brecagem dos 16v era mais curta e o volante mais pequeno que os 190 normais, e o tanque de combustível cresceu dos 55l para os 70l.
A caixa manual de 5 velocidades Getrag era a única disponível para o 16v, trazendo um ambiente mais "racing" ao carro, com o sistema 'dog-leg' (primeira para baixo, como todos sabemos) . Este sistema colocava assim a 2ª, 3ª, 4ª e 5ª velocidades disponíveis num simples enquadramento em H tornando as selecções mais rápidas. Partilhavam a caixa com os E30 M3. Um sistema de refrigeração do óleo foi colocado para assegurar o bom desempenho deste, já que muitos carros destes eram destinados ás corridas.
O interior com 4 bancos era equipado com uns Recaro com laterais longas de apoio para todos os passageiros. No interior também foram adicionados 3 manómetros: um da temperatura do óleo, outro do voltímetro e um cronómetro. Todos estavam embutidos na consola central. O 190 E 2.3-16 estava disponível em apenas duas cores, Blue-Black Metallic (Pearl Black nos EUA), e Smoke Silver (que parece dourado). O 2.5-16 trouxe mais duas cores, Almandine Red e Astral Silver.
Cores Disponíveis no 2.3-16
Blue-Black Metallic
Smoke Silver
Cores Disponíveis a partir do 2.5-16
Almandine Red
Astral Silver
Todos os 2.3-16 traziam de origem um autoblocante (LSD). A partir dos 2.5-16 foram também equipados de origem com o sistema ASD da MB. O ASD é um diferencial controlado electricamente e hidraulicamente bloqueado quando necessário. Este sistema de bloqueio pode variar entre o standard (15%) até 100%.Ele não é um sistema de controlo de tracção mas contudo consegue maximizar a tracção quando uma das está a patinar, bloqueando-lhe a potência.Quando este sistema é activado acende uma luz triangular no centro do velocímetro.
A suspensão no 16v era muito diferente da standard. Além de ser mais baixa e mais dura, tinha também anti-rollbars,e sistema hidráulico Self-Levelling Suspension (SLS) que se regulava automaticamente na traseira.
Na inauguração da versão pequena de Nürburgring in 1984 (Nürburgring GP), formaram uma corrida com vários 190E com pilotos da F1 da altura ao volante. Um piloto jovem e ainda desconhecido (Ayrton Senna) chegou ao fim em 1º lugar e levou como prémio um 2.5-16 preto.
As equipas privadas como a AMG começavam a usar os 2.3-16 nas corridas de turismo, especialmente no DTM. No fim dos anos 80, os 2.5-16 correu muitas vezes contra o BMW M3 e também contra o Ford Sierra Cosworth.
Modelos Evolution
I
Com a chegada dos BMW M3 Sport Evolution, o director da MB competição chegou a conclusão que o 2.5-16 precisava de um "empurrão" nos circuitos. Em Março 1989, o 190 E 2.5-16 Evolution foi apresentado no Geneva Auto Show. O Evo I, como é conhecido,tinha um novo aileron e rodas mais largas. muitas das mudanças estavam "debaixo" da carroçaria como os travões e suspensões.Havia agora uma suspensão completa SLS que podia ser controlada do interior. Aí todos perceberam que estas modificações eram para obter sucesso nas pistas.
A potência extraída pelo Evo I's era similar aos 202cv do 2.5-16 "normal". Contudo este carro teve um motor redesenhado com a mesma capacidade mas com alterações a nivel de bloco para atingir rotações mais altas e aumentar a faixa de potência máxima.
Apenas 502 unidades do Evolution foram produzidas, para conseguir a homologação no DTM. Para este carro ainda estava disponível um kit da AMG que incluía entre outros componentes árvores de cames melhoradas, um acelerador mais largo, uma ignição mais agressiva e os sistemas de controlo de combustível, de entradas de ar e de escarpe melhorados. O resultado era uns 30cv extra.
II
Em Março de 1990, no Geneva Auto Show, o 190 E 2.5-16 Evolution II foi mostrado ao público. Como sucesso do primeiro Evolution, este modelo com produção de 502 unidades foi vendido antes de chegar ao mercado. O carro era vendido em 1990 por 58000 euros.
O "Evo II" incluia também o AMG PowerPack aplicado no EVO I (árvores de cames melhoradas, um acelerador mais largo, uma ignição mais agressiva e os sistemas de controlo de combustível, de entradas de ar e de escarpe melhorados). Uma modificação óbvia do Evo II é o bodykit radical e extremo (desenhado pelo Prof. Richard Eppler da Universidade de Estugarda) com um aileron mais alto ajustável, spoiler no vidro traseiro, e jantes Evolution II 17 de 17 polegadas. O kit tinha propositadamente uma utilidade aerodinâmica - Testado no túnel de vento, este reduzia a resistência ao vento para 0.29, ao mesmo tempo que melhorava o downforce. Anedotas por parte dos executivos da BMW diziam "Se aquela asa traseira funciona, teremos que redesenhar o nosso túnel de vento!"
Dos 502 Evo II foram construídos 500 na cor "Blauschwarz" Blue/Black Metallic. Só os últimos 2 foram construídos na cor Astral Silver.
Deixo também um documentário feito pela Discovery sobre estes carros.
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