Também há outra questão, é que lá fora manter um carro clássico e muito mais dispendioso do que em Portugal entre seguros, impostos de circulação, o que faz o carro valer menos para eles. Mas em Portugal também sabemos que os clássicos são + um negócio do que um hobby para muita gente, dai os preços inflacionados...
Honestamente para mim não é a questão do IA que mais me chateia, porque para mim importar na realidade seria modelos que por cá são raros ou mesmo inexistentes tipo Alpine A110 ou Lancia Fulvia 1.6 HF e nesse caso até poderia pagar o IA. A maior aberração e que realmente é IDIOTA e ficar a pagar IUC como novo!! Um Alpine 1300 que seja, 500€ de IUC ou mais... Por um carro que é para usar esporadicamente.... É idiota....
E penso que alterar a lei para começar devia ser por isto e não pelo IA. Porque assim o estado continuava a receber o seu, e nós podiamos comprar carros raros e pouco usuais aqui.
Compreendo o que dizes, mas não concordo. Não devia haver qualquer barreira à importação, fossem ou não raros os carros em questão. Estamos ou não numa zona económica comum, num mercado único?
Acho até mais justo pagar um imposto por deter o carro do que pagá-lo simplesmente pelo favor que fazemos ao país por trazê-lo para Portugal e enriquecer o espólio nacional!
E para quem está disposto a pagar 16.000 eur para legalizar, qual o incómodo de pagar 500 eur anuais de IUC?
Os preços não estão inflacionados por haver gente a olhar para os clássicos como um negócio. Isso é consequência, não causa. Estão inflaccionados pelo normal funcionamento da procura e oferta. A procura é flexível e ilimitada porque qualquer europeu pode vir a Portugal e levar um carro para casa, mas a oferta é fixa / rígida, porque está limitada aos carros que cá existem, face à impraticalidade/impossibilidade de importar carros. Mais uma vez, não me refiro a monstros sagrados como o Alipne ou o Fulvia que referiste (porque nesses não são 10.000 eur a mais ou a menos que vão fazer a diferença na decisão de importar ou não) mas a carros que o comum dos mortais e/ou entusiasta iniciado poderiam ter acesso e querer adquirir.
Nesses carros raros, até é difícil perceber ao certo qual é o valor justo ou de mercado, face à escassez de transações. É portanto mais difícil provar que esta fiscalidade distorce o mercado.
Porque assim o estado continuava a receber o seu, e nós podiamos comprar carros raros e pouco usuais aqui.
É isto que não compreendo. Continuava a receber o seu? Como assim, se praticamente não há importações? O Estado hoje em dia não recebe nenhum! Só se for quando o rei faz anos, quando algum "maluco" se lembra de importar um carro (por razões sentimentais) e com isso paga 5 ou 6 vezes ou mais em imposto o valor do carro que adquiriu. E isso representa quanto, em €€€, anualmente? 200 mil, 300 mil euros? Quantos carros entre 1970 e 1990 são importados anualmente em portugal com esta legislação? Aposto que se contam pelos dedos de duas mãos... Se o Estado alterasse a legislação para algo mais razoável (como o tratamento dado aos carros anteriores a 1970), aí sim, passaria a "receber o seu", que não recebe hoje em dia.