Há uns dias li no Diário de notícias na secção de Economia o seguinte artigo:
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Se, no passado, os clássicos eram um luxo apenas ao alcance dos mais abastados, hoje em dia tornaram-se numa excelente aposta financeira, com alto índice de retorno - segundo os especialistas, um automóvel antigo pode valorizar 15% ao ano. Mais: ao contrário das acções, são um investimento do qual também se pode retirar prazer.
Segundo Salvador Patrício Gouveia, um dos directores do Salão Motorclássico, feira internacional de automóveis e motociclos clássicos, que se realiza nos próximos dias 24 a 26 na FIL, é difícil definir as características deste tipo de carro. "Um clássico tem que ter qualquer coisa que o caracterize de forma especial e o valorize do ponto de vista museológico e de negócio", explica.
Isso não significa apenas idade: se um automóvel com 80 anos está obrigatoriamente incluído neste lote, quando nos começamos a aproximar de épocas mais próximas, os critérios mudam. Um clássico passa, assim, a ser um carro muito raro (caso dos protótipos), um veículo que significou um qualquer tipo de avanço tecnológico/mecânico ou simplesmente um automóvel que teve um grande impacto no sector - caso do VW Carocha. Noutra vertente, um carro pode ser extremamente valorizado caso esteja associado a uma determinada pessoa ou momento histórico. Entra neste restrito lote o VW Golf do Papa João Paulo II, que foi recentemente vendido por 150 mil euros.
Para investir no mercado dos clássicos, é necessário algum conhecimento da área - histórias não faltam de automóveis mal--restaurados, cujos compradores acabaram por ver o seu investimento atirado à rua. "É como outro negócio qualquer. Se eu investir em acções e só depois perceber que apostei numa empresa que não tem potencial de crescimento ou tem uma elevada dívida associada, dificilmente vou conseguir retirar mais--valia daí", explica Salvador Patrício Gouveia.
Para evitar logros, o aconselhável é comprar em entidades devidamente credenciadas, como acontece com vendedores e oficinas especializadas. As leiloeiras são outra boa hipótese. Se possível, tente adquirir um veículo que já esteja autentificado pelo Clube Português de Automóveis Antigos.
Quanto a investir na procura de exemplares em sucatas e na sua recuperação, pode não ser a melhor solução, sobretudo se é um iniciado na matéria. Em qualquer caso, tenha presente uma regra essencial: só compre um automóvel no ferro-velho ou a um particular quando o valor total que irá gastar nele (com as restaurações incluídas) não ultrapasse o preço de mercado. Neste caso, dê sempre uma margem de segurança ao orçamento de recuperação. É muito normal que este acabe por resvalar devido a problemas que surjam durante o processo.
Com o automóvel em sua posse, não o meta na garagem: usufrua dele e faça-o fazer exercício. "Ter um carro fechado em casa como uma estátua ou um quadro não funciona", sentencia Salvador Patrício Gouveia.
Por fim, quando finalmente decidir traduzir o seu investimento em dinheiro, seja cuidadoso. Escolha bem o mercado e o momento: há modelos pouco valiosos em Portugal, mas que podem valer bastante noutros países. Por outro lado, esteja atento ao canal - prefira leilões ou vendedores especializados.
Certo é que, mesmo que o mantenha na sua posse, o automóvel antigo está sempre a valorizar. "Um clássico, mesmo que valorize muito pouco, vai valorizar sempre acima de uma taxa média de retorno de qualquer banco", garante o director do Salão Motorclássico. Tanto que, recentemente, um fundo japonês investiu 30 milhões de euros num Bugatti Royal.
Em Portugal, um bom momento para começar a investir nos automóveis antigos é o Salão Motorclássico, que decorre na próxima semana. Até porque lá será apresentado um guia de preços, devidamente acompanhado com as características e interesses específicos de cada modelo. Mas, na hora de investir, não se esqueça: deixe a paixão de lado e seja inteligente
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Se, no passado, os clássicos eram um luxo apenas ao alcance dos mais abastados, hoje em dia tornaram-se numa excelente aposta financeira, com alto índice de retorno - segundo os especialistas, um automóvel antigo pode valorizar 15% ao ano. Mais: ao contrário das acções, são um investimento do qual também se pode retirar prazer.
Segundo Salvador Patrício Gouveia, um dos directores do Salão Motorclássico, feira internacional de automóveis e motociclos clássicos, que se realiza nos próximos dias 24 a 26 na FIL, é difícil definir as características deste tipo de carro. "Um clássico tem que ter qualquer coisa que o caracterize de forma especial e o valorize do ponto de vista museológico e de negócio", explica.
Isso não significa apenas idade: se um automóvel com 80 anos está obrigatoriamente incluído neste lote, quando nos começamos a aproximar de épocas mais próximas, os critérios mudam. Um clássico passa, assim, a ser um carro muito raro (caso dos protótipos), um veículo que significou um qualquer tipo de avanço tecnológico/mecânico ou simplesmente um automóvel que teve um grande impacto no sector - caso do VW Carocha. Noutra vertente, um carro pode ser extremamente valorizado caso esteja associado a uma determinada pessoa ou momento histórico. Entra neste restrito lote o VW Golf do Papa João Paulo II, que foi recentemente vendido por 150 mil euros.
Para investir no mercado dos clássicos, é necessário algum conhecimento da área - histórias não faltam de automóveis mal--restaurados, cujos compradores acabaram por ver o seu investimento atirado à rua. "É como outro negócio qualquer. Se eu investir em acções e só depois perceber que apostei numa empresa que não tem potencial de crescimento ou tem uma elevada dívida associada, dificilmente vou conseguir retirar mais--valia daí", explica Salvador Patrício Gouveia.
Para evitar logros, o aconselhável é comprar em entidades devidamente credenciadas, como acontece com vendedores e oficinas especializadas. As leiloeiras são outra boa hipótese. Se possível, tente adquirir um veículo que já esteja autentificado pelo Clube Português de Automóveis Antigos.
Quanto a investir na procura de exemplares em sucatas e na sua recuperação, pode não ser a melhor solução, sobretudo se é um iniciado na matéria. Em qualquer caso, tenha presente uma regra essencial: só compre um automóvel no ferro-velho ou a um particular quando o valor total que irá gastar nele (com as restaurações incluídas) não ultrapasse o preço de mercado. Neste caso, dê sempre uma margem de segurança ao orçamento de recuperação. É muito normal que este acabe por resvalar devido a problemas que surjam durante o processo.
Com o automóvel em sua posse, não o meta na garagem: usufrua dele e faça-o fazer exercício. "Ter um carro fechado em casa como uma estátua ou um quadro não funciona", sentencia Salvador Patrício Gouveia.
Por fim, quando finalmente decidir traduzir o seu investimento em dinheiro, seja cuidadoso. Escolha bem o mercado e o momento: há modelos pouco valiosos em Portugal, mas que podem valer bastante noutros países. Por outro lado, esteja atento ao canal - prefira leilões ou vendedores especializados.
Certo é que, mesmo que o mantenha na sua posse, o automóvel antigo está sempre a valorizar. "Um clássico, mesmo que valorize muito pouco, vai valorizar sempre acima de uma taxa média de retorno de qualquer banco", garante o director do Salão Motorclássico. Tanto que, recentemente, um fundo japonês investiu 30 milhões de euros num Bugatti Royal.
Em Portugal, um bom momento para começar a investir nos automóveis antigos é o Salão Motorclássico, que decorre na próxima semana. Até porque lá será apresentado um guia de preços, devidamente acompanhado com as características e interesses específicos de cada modelo. Mas, na hora de investir, não se esqueça: deixe a paixão de lado e seja inteligente