SERÁ UM CLÁSSICO? O PONTO DE VISTA GERACIONAL

nuno granja

petrolhead
Portalista
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Detesto fazer novos tópicos mas não vi onde encaixar este.

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Vi este anúncio e pensei que se para mim (55 anos) um Escort 3 ainda não é um clássico, para os putos da foto, tera todo um outro significado.

Afinal quando eu nos anos 8O suspirava por um descapotável dos anos 60 fazia exactamente a mesma figura.


nuno granja
 

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António José Costa

Regularidade=Navegação, condução e cálculo?
Portalista
Do meu ponto de vista o Escort era uma máquina quando tinha menos de dez anos, logo já será ou tornar-se-á um clássico de pleno direito em breve!
 
Para mim esta geração do Escort nunca vai ser tão valorizada (ha excepção do escort RS1600) como as duas anteriores geraçoes,pelo simples facto de não ter tração traseira...
No entanto considero um bom yongtimer( o XR3I e o rs 1600)
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
Pelo que já pude ler dos XR's, por exemplo os Fiesta, são muito fraquinhos, é só motor. Já estes Escort de qualquer das formas têm a seu favor a estética mais apelativa.

Eu cada vez mais acho que o "clássico" terminou, com muita fé, no ano 2000, se calhar é um bocado como o famigerado bug informático Y2K mas a verdade é que a cultura que nós estamos a ter o previlégio de viver nos dias de hoje é larga, extensiva e quase exclusivamente baseada na sua esmagadora maioria nas décadas de 60/70/80, basicamente 30 anos de ouro para quem gosta de carros, vá vamos esquecer a descaracterização que os mesmos sofreram com a entrada dos 80's e a substituição do alumínio por plástico!

Se quisermos ser realistas, na ótica do clássico como a cultura que sustenta práticas de utilização/manuntenção de um carro fora de produção à mais de 30 anos, para mim as décadas de ouro resumem-se aos 60 e 70, esqueçam os 80, com exceção dos modelos que permaneceram pouco ou nada inalterados, onde é que se vão arranjar peças para aqueles facilmente degradáveis plásticos?
De que serve o clássico se não puder ser mantido e quando necessário restaurado? Sim, alguns de nós se calhar acham piada à caça ao tesouro e a andar a vasculhar as sucatas mas isso não é sustentável no longo prazo, as sucatas esgotam-se e o medo de não ter um painel qualquer para remendar um simples toque no trânsito ou uma ferrugem marota vai relegar esses carros para a sepultura que é a garagem permanente.

Muito honestamente acho que a maioria das próximas gerações de apreciadores de clássicos ainda vai olhar muito para as mesmas décadas que nós e depois talvez sobre uma fatia do bolo para alguns desportivos dos 80/90 muito por culpa do culto que conseguiram reunir em torno deles garantindo a saúde de uma industria de reprodução de peças à medida.
 
Estas definições são sempre complicadas. Clássico não considero, candidato a clássico talvez. Ainda assim, e na minha opinião, o crescente número de apreciadores de carros antigos, clássicos e younger´s em geral fez com que se procurassem novos modelos um pouco no esquecimento por forma a viabilizar a compra de um (muito carro por poucos euros). De certa forma é como se um novo nicho se abrisse nesta economia que é o colecionismo de viaturas. Fico feliz que assim seja muito sinceramente, porque pelo menos existe a certeza que muitos mais automóveis serão preservados. Mas já chega de paleio e venha um xr3i cabriolet para a mesa do canto .... branquinho se faz o favor !

Cumpts,
 

Carlos Vaz

Pre-War
Pelo que já pude ler dos XR's, por exemplo os Fiesta, são muito fraquinhos, é só motor. Já estes Escort de qualquer das formas têm a seu favor a estética mais apelativa.

Eu cada vez mais acho que o "clássico" terminou, com muita fé, no ano 2000, se calhar é um bocado como o famigerado bug informático Y2K mas a verdade é que a cultura que nós estamos a ter o previlégio de viver nos dias de hoje é larga, extensiva e quase exclusivamente baseada na sua esmagadora maioria nas décadas de 60/70/80, basicamente 30 anos de ouro para quem gosta de carros, vá vamos esquecer a descaracterização que os mesmos sofreram com a entrada dos 80's e a substituição do alumínio por plástico!

Se quisermos ser realistas, na ótica do clássico como a cultura que sustenta práticas de utilização/manuntenção de um carro fora de produção à mais de 30 anos, para mim as décadas de ouro resumem-se aos 60 e 70, esqueçam os 80, com exceção dos modelos que permaneceram pouco ou nada inalterados, onde é que se vão arranjar peças para aqueles facilmente degradáveis plásticos?
De que serve o clássico se não puder ser mantido e quando necessário restaurado? Sim, alguns de nós se calhar acham piada à caça ao tesouro e a andar a vasculhar as sucatas mas isso não é sustentável no longo prazo, as sucatas esgotam-se e o medo de não ter um painel qualquer para remendar um simples toque no trânsito ou uma ferrugem marota vai relegar esses carros para a sepultura que é a garagem permanente.

Muito honestamente acho que a maioria das próximas gerações de apreciadores de clássicos ainda vai olhar muito para as mesmas décadas que nós e depois talvez sobre uma fatia do bolo para alguns desportivos dos 80/90 muito por culpa do culto que conseguiram reunir em torno deles garantindo a saúde de uma industria de reprodução de peças à medida.

Não posso estar mais em desacordo!

De facto o que torna um carro interessante do ponto de vista do "petrolhead" é a sua condução e... tanto os anos 80 como os 90 têm tonelada de carros fantásticos a este nivel.
A 1ª década do novo milénio já é mais parca em coisas interessantes mas a 2ª voltou á carga... há uma tendência geral para o emagrecimento dos carros, voltaram a ser significativamente mais leves e... a electrónica já evoluiu ao ponto de deixar de ser intrusiva. Apenas uma ressalva, ela está calibrada para o uso que é suposto dar... antes da era da electrónica era possível usar qualquer carro de forma "desportiva" e agora não... apenas aqueles que são pensados para esse uso têm a electrónica calibrada para serem "perfeitos" nessas condições.
Quanto ás peças... é exactamente como sempre foi, se houver interesse e mercado hão-de haver refabricações. Arrisco até a achar que no limite e porque a electrónica é das coisinhas mais baratas de refabricar que poderão até ser bem baratas!

Há uns anos para restaurar um coupé Bertone da Alfa tinha que se refazer toda a chapa, agora há todos (literalmente todos) os paineis prontinhos a aplicar e pintar. Porquê? Porque havia mercado.
 

HugoSilva

"It’s gasoline, honey. It’s not cheap perfume."
Eventos Team
@Carlos Vaz, eu não disse que não há carros que devem ser muito interessantes para lá dos 80, nos últimos anos então tem-se visto uma corrida "de cavalos" que pronto, o novo Ford Focus RS faz uns míseros 350cv às 4 rodas, alguma virtude aquilo deve ter!

Posso refazer o meu texto de uma forma minimalista dizendo: "Acho que quanto mais se sai da década de 70 mais difícil é fazer de um dado modelo um clássico tanto por constrangimentos técnicos como pela banalização do carro na sua essência.".

Se formos ler artigos online da dita revista da "especialidade" o que não faltam são previsões para futuros clássicos mas sinceramente é preciso primeiro definir muito bem o que é um clássico antes de meter dinheiro neste ou naquele carro.

Cá estaremos para ver quem tem razão, espero sinceramente estar enganado mas é a minha suspeição atual.
 
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