História da Alpine

Carlos Alberto Macedo

Gang dos Rojões
concessionário da Renault em dieppe, Jean Rédélé começou por modificar um Renault 4 cv, a famosa "joaninha", com o qual obteria vitórias na classe das Mille Miglia de 1951 e 1952 mas, teimoso na ideia de construir um carro seu, criou uma carroçaria para aplicar a base mecânica daquele popular modelo. E foi uma vitória no critério dos alpes, em 1953 que deu origem ao nome do seu primeiro projecto: o primeiro alpine, muito artesanal, nasceu em 1954 mas foi evoluido e no ano seguinte, o 106 era apresentado com sucesso no salão de Paris, mas com uma carroçaria em fibra e mecânica do renault 4 CV.

O motor Renault Dauphine, com 850 cc, aplicado num reforçado chassis joaninha deu direito ao cabriolet 108, mas mais tarde com chassis fabricado na Alpine e extensível a uma versão fechada.


Aquele que seria o mais famoso Alpine de sempre o A 110 - derivado do coupé A 108 mas com motor, suspensões e travões de disco do Renault 8 - surgiu em 1962, mas com os sonhos de Rédélé não paravam e no ano seguinte iniciou a produção dos "M" (M63, M64,etc) mas com motor R8 preparado por Gordini, para alinhar nas 24 horas de le mans.

Seriam, porém, os sucessos nas provas de Ralis que tornariam a Alpine-Renault (marca registada em 1963) mais famosa, passando a ter um serviço de competição exclusivo e novas instalações em Dieppe.

Os anos 70 forma férteis em coisas boas para a marca. o A110 obtinha os três primeiros lugares no rali de monte carlo, o A310 via a luz do dia e até o campeonato francês de formula 3, entregava os louros à Alpine-Renault, tudo isto em 1971. dois anos mais tarde, quando a Alpine passou a ser uma filial da Renault, o A 110 sagrou-se campeão mundial de ralis. A "berlinette" veria o fim de produção apenas em 1977, mas os projectos continuavam.

Nesse mesmo ano, Guy Fréquelin ganhou o campeonato francês de ralis, com um A 310, e em 1978 o A 442 V6 turbo, pilotado por Jean-Pierre Jaussaud e Didier Pironi, ganhava as 24 horas de le mans.

Já nos anos 80, foi o Renault 5 turbo que deu a vitória a Jean Ragnotti no rali de monte carlo, na que foi a primeira vitória de um motor turbo numa prova do campeonato do mundo, seguindo-se uma série de sucessos para a marca.

Ao entrar nos anos 90, o Apine V6 turbo era visto nas estrades como versões como a "mille Miglia" e "le mans", em series limitadas tais como o A 610 com versões "Magny-Cours".

O ultimo destes modelos sairia em 1995 das instalações de Dieppe.
 

Anexos

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Em 1995 comprei uma revista francesa sobre a Alpine. Tinha 16 anos e comprei-a pois adorava os A110 e achei piada À revista pois cobria imensos modelos: desde os primórdios do A106 até ao actual A610.

Na altura o meu francês não conseguia cobrir os termos técnicos todos que eram referidos na revista por isso preferia deliciar-me com as fotos do ler o texto.

Uns anos depois peguei na revista de novo e li os artigos em condições. O editorial começava assim: "Pois é, a Alpine acabou. Deixou de existir."

Só aí é que me apercebi do que tinha comprado. Uma edição especial a recordar os feitos do Jean Redélé e dos seus carros...:)

Abraços!
João Vale
 
O que eu aprecio bastante da Alpine é unicamente os seus motores porque as suas carroçarias deixam me muito a desejar,mas gostos são gostos;)
É sempre bom ler algo que faz parte da melhor marca francesa;)
 
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