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Bruno Pinho
Este é um tópico cujo o texto é quase uma cópia integral da apresentação do meu SD1, feita no fórum do Clube MG-Rover Portugal
Para começar, convem dizer que o SD1 é pra mim um «carro de sonho»... Assim o é desde criança!
O meu avô materno teve vários e eu acabei por até aos meus 10 anos fazer muitas viagens no conforto e luxo do SD1.
Desde a «partida» do último SD1 do meu avô que o carro se tornou pra mim uma espécie de «santo graal», desde que tirei a carta tive vários clássicos - MINI 1000, Toyota KP61, FIAT 124, etc - mas nunca encontrei um SD1 em bom estado e a bom preço... Mas SEMPRE o procurei...
Em Novembro de 2014, entusiasmado com um SD1 Mk.I que um conhecido tinha acabado de comprar, voltei «à carga» e procurei afincadamente um SD1 que me agradasse e, que me fizesse recuar mais de 30 anos e reavivar todas aquelas memórias de criança que tinha dos SD1 do meu avô.
Lá «apareceu» um em Vila Real, que afinal não estava em Vila Real mas sim na Régua. Apanhei o Alfa Pendular até ao Porto e depois o Regional para a Régua. Quase 7 horas depois lá estava eu a ver o meu futuro SD1.
O vendedor havia dito antes pelo telefone que o carro estava óptimo, que andava perfeitamente, que tinha só uns «toquinhos» na pintura que era de origem e que até era pra ele uma grande mágoa vender o carro.
Na realidade, o carro devia estar parado há MUITO tempo, os pneus estavam uma lástima, a pintura estava uma lástima, o pára-brisas estava estalado, os pára-choques estavam ambos partidos, o «sunroof» não fechava convenientemente, os amortecedores da mala estavam «mortos», tinha várias mossas na carroçaria, as borrachas das portas e vidros estavam TODAS podres... Enfim... Não era bem aquilo que me tinha sido «vendido» pelo telefone.
O tipo lá deu à ignição e o carro pegou à primeira... Milagrosamente o «auto choke» funcionava, o motor estava a funcionar certinho, sem barulhos, sem fumo e aparentemente a respirar saúde. Fomos dar uma volta, o que pelas estradas da Régua, de SD1, é um prazer enorme... Mecânicamente o carro estáva muito bom, mas eu não estava muito satisfeito com o aspecto, e muito menos estava na disposição de pagar o valor que o vendedor pretendia.
O vendedor levou-me a almoçar e eu a meio do almoço disse-lhe que não ia levar o carro... O rapaz ficou «branco» e perguntou-me a razão. Eu expliquei-lhe que queria um clássico pra usar «já», que tinha pouca vontade de comprar um carro pra me dar trabalho e que o carro em questão tinha MUITO trabalho pra fazer. Ele não me deu qualquer resposta. Quando acabamos de almoçar, iamos em direção ao carro e ele disse: "Olhe que quando chegar a Aveiro, no comboio, vai-se arrepender de não o levar..." - Eu disse-lhe que até podia ser que sim, mas que o melhor era mesmo ele levar-me à estação da Régua pra eu comprar o bilhete pra Lisboa, que a viagem ainda era longa.
Durante o caminho ele lá perguntou meio a medo: "Por quanto é que você quer levar o carro?" - Eu «chutei-lhe» um valor e ele foi fazendo contra-propostas, eu mantive-me firme e ele lá acabou, depois de falar com o pai e de muito discutirem, por ceder... «Bati» as notas, preechemos a declaração de venda e lá me «montei» no SD1 até Lisboa, primeiro pela Nacional até Arouca e depois, em Aveiro entrei na A1. O carro vei sem um unico problema, à parte da panela centra de escape que literalmente se desintegrou ainda antes de chegar a Arouca. Temperatura SEMPRE ok, pressão de óleo SEMPRE ok... Até o manómetro de nível de combústivel desce mais lentamente do que eu pensava... QUE ESPECTÁCULO!
Na A1 puxei um pouco por ele, veio sempre 160/180kph e aventurei-me mesmo a puxar até aos 200kph, que atingiu sem qualquer problema.
Por falta de tempo, esteve parado até inicio de Março, quando finalmente iniciei «os trabalhos de restauro», que na realidade não vai ser um restauro, vai ser mais um «lavar a cara», que ficou quase concluido com uma simples pintura e reparação dos pára-choques. Depois veio uma profunda limpeza do interior e o levantamento do que é preciso mudar e reparar, que já não é muito!
Já dei uns passeios com a família nele, e TODOS gostam do SD1!
Agora deixo-vos umas fotos do carro:
Um dia deste aparecço no encontro mensal de Belém para apresentar o carro e conhecer o pessoal...
Espero que gostem!
Para começar, convem dizer que o SD1 é pra mim um «carro de sonho»... Assim o é desde criança!
O meu avô materno teve vários e eu acabei por até aos meus 10 anos fazer muitas viagens no conforto e luxo do SD1.
Desde a «partida» do último SD1 do meu avô que o carro se tornou pra mim uma espécie de «santo graal», desde que tirei a carta tive vários clássicos - MINI 1000, Toyota KP61, FIAT 124, etc - mas nunca encontrei um SD1 em bom estado e a bom preço... Mas SEMPRE o procurei...
Em Novembro de 2014, entusiasmado com um SD1 Mk.I que um conhecido tinha acabado de comprar, voltei «à carga» e procurei afincadamente um SD1 que me agradasse e, que me fizesse recuar mais de 30 anos e reavivar todas aquelas memórias de criança que tinha dos SD1 do meu avô.
Lá «apareceu» um em Vila Real, que afinal não estava em Vila Real mas sim na Régua. Apanhei o Alfa Pendular até ao Porto e depois o Regional para a Régua. Quase 7 horas depois lá estava eu a ver o meu futuro SD1.
O vendedor havia dito antes pelo telefone que o carro estava óptimo, que andava perfeitamente, que tinha só uns «toquinhos» na pintura que era de origem e que até era pra ele uma grande mágoa vender o carro.
Na realidade, o carro devia estar parado há MUITO tempo, os pneus estavam uma lástima, a pintura estava uma lástima, o pára-brisas estava estalado, os pára-choques estavam ambos partidos, o «sunroof» não fechava convenientemente, os amortecedores da mala estavam «mortos», tinha várias mossas na carroçaria, as borrachas das portas e vidros estavam TODAS podres... Enfim... Não era bem aquilo que me tinha sido «vendido» pelo telefone.
O tipo lá deu à ignição e o carro pegou à primeira... Milagrosamente o «auto choke» funcionava, o motor estava a funcionar certinho, sem barulhos, sem fumo e aparentemente a respirar saúde. Fomos dar uma volta, o que pelas estradas da Régua, de SD1, é um prazer enorme... Mecânicamente o carro estáva muito bom, mas eu não estava muito satisfeito com o aspecto, e muito menos estava na disposição de pagar o valor que o vendedor pretendia.
O vendedor levou-me a almoçar e eu a meio do almoço disse-lhe que não ia levar o carro... O rapaz ficou «branco» e perguntou-me a razão. Eu expliquei-lhe que queria um clássico pra usar «já», que tinha pouca vontade de comprar um carro pra me dar trabalho e que o carro em questão tinha MUITO trabalho pra fazer. Ele não me deu qualquer resposta. Quando acabamos de almoçar, iamos em direção ao carro e ele disse: "Olhe que quando chegar a Aveiro, no comboio, vai-se arrepender de não o levar..." - Eu disse-lhe que até podia ser que sim, mas que o melhor era mesmo ele levar-me à estação da Régua pra eu comprar o bilhete pra Lisboa, que a viagem ainda era longa.
Durante o caminho ele lá perguntou meio a medo: "Por quanto é que você quer levar o carro?" - Eu «chutei-lhe» um valor e ele foi fazendo contra-propostas, eu mantive-me firme e ele lá acabou, depois de falar com o pai e de muito discutirem, por ceder... «Bati» as notas, preechemos a declaração de venda e lá me «montei» no SD1 até Lisboa, primeiro pela Nacional até Arouca e depois, em Aveiro entrei na A1. O carro vei sem um unico problema, à parte da panela centra de escape que literalmente se desintegrou ainda antes de chegar a Arouca. Temperatura SEMPRE ok, pressão de óleo SEMPRE ok... Até o manómetro de nível de combústivel desce mais lentamente do que eu pensava... QUE ESPECTÁCULO!
Na A1 puxei um pouco por ele, veio sempre 160/180kph e aventurei-me mesmo a puxar até aos 200kph, que atingiu sem qualquer problema.
Por falta de tempo, esteve parado até inicio de Março, quando finalmente iniciei «os trabalhos de restauro», que na realidade não vai ser um restauro, vai ser mais um «lavar a cara», que ficou quase concluido com uma simples pintura e reparação dos pára-choques. Depois veio uma profunda limpeza do interior e o levantamento do que é preciso mudar e reparar, que já não é muito!
Já dei uns passeios com a família nele, e TODOS gostam do SD1!
Agora deixo-vos umas fotos do carro:
Um dia deste aparecço no encontro mensal de Belém para apresentar o carro e conhecer o pessoal...
Espero que gostem!
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